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  • As principais oportunidades decorrem da presença de arranjos produtivos locais (APLs) que têm na madeira sua fonte de matéria-prima, bem como dos setores de papel e celulose, de mobiliário, de carne, leite e couro. Dois dos três maiores polos da cadeia da madeira e de mobiliário do País estão na região Sul, onde a atividade leiteira é a de maior crescimento no País desde 2010. Todos esses setores e suas respectivas cadeias produtivas carecem de produtos que atendam aos anseios da produção ambientalmente adequada, especialmente na região Sul, onde os sistemas de uso da terra estão sob pressão para que adotem formas de produção mais sustentáveis.

    Em 2010, os programas de desenvolvimento florestais foram interrompidos no Sul do Brasil, porque as empresas florestais e ambientalistas discordam sobre questões ambientais. Com isso, a indefinição no que diz respeito à consolidação do setor florestal no Sul do Brasil tem desencorajado avanços em investimentos florestais. Esses aspectos fizeram que as empresas de base florestal refizessem seus planos estratégicos e fechassem a expansão de áreas florestais e de integração com árvores, principalmente no Rio Grande do Sul, redirecionando os seus investimentos para a região central do Brasil. Por sua vez, ao longo dos últimos 5 anos, os investimentos florestais foram mantidos de forma semelhante em Santa Catarina e no Paraná. Nesses estados, a agricultura é predominante, e a área para expansão de investimentos florestais é limitada; no entanto, existe oportunidade para a expansão dos sistemas de integração com árvores. Por causa disso, é provável que a região Sul do Brasil tenha uma diminuição no fornecimento de matéria-prima de produtos florestais, especialmente para atender às demandas da indústria de móveis, madeira serrada, painéis de média densidade (MDF) e aglomerado, marcenaria e carpintaria, indústria de papel e celulose, taninos, resinas e produtos químicos, postes e madeira tratada para a construção e madeira para energia e carvão.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Sul

    Número da Pergunta: 174

    Ano: 2015

  • Há várias espécies adaptadas às condições de solo e clima do Sul do Brasil, com crescimento relativamente rápido (cerca de 2 m de altura por ano) e que apresentam produtos comerciais. A adaptação às geadas é um dos fatores mais importantes (Tabela 1). Como as geadas podem variar a cada ano, o momento de ocorrência é relevante para o desenvolvimento das árvores. As mais prejudiciais são as geadas precoces (outonais), que atingem as plantas que ainda não estão aclimatadas ao frio; e as geadas tardias (primaveris) que atingem as plantas com brotações novas e suscetíveis ao frio. Quando as geadas ocorrem no inverno, as plantas têm tempo para aclimatar-se, a fim de que não sofram grandes danos. Dependendo da topografia e da exposição do terreno, os danos causados por geadas em um mesmo talhão podem ser distintos. Plantios florestais localizadas em áreas de baixadas ou encostas expostas aos ventos provenientes do sul podem ser mais danificados pelas geadas.

    Outro fator climático muito importante no Sul do Brasil, embora de menor frequência, são as estiagens prolongadas.

    Tabela 1. Espécies arbóreas para o sistema de ILPF na região Sul do Brasil, de acordo com a ocorrência de geadas.

    Eventos de geadas por ano (nº)

    Espécie arbórea ou híbrido em plantios comerciais nas fazendas

    Espécie arbórea em experimentação (e.g.)

    0 a 1

    Eucalyptus urophylla

    E. urophylla x Eucalyptus grandis

    Corymbia citriodora

    Corymbia camaldulensis

    Pínus tropicais

    Diversas espécies nativas

    0 a 5

    E. grandis

    E. urophylla x E. grandis

    C. citriodora; C. camaldulensis

    Grevillea robusta

    Diversas espécies nativas

    Khaya ivorensis e Toona ciliata

    Leucaena spp.

    ≥ 5

    Eucalyptus dunnii

    Eucalyptus benthamii

    Acacia mearnsii

    E. grandis

    Araucaria angustifolia

    Populus spp.

    Pinus elliotti

    Pinus elliottii

    Grevilla robusta

    ≥ 20

    E. benthamii

    Pinus taeda

    Pinus elliotii

    Araucaria angustifolia

    Pinus taeda

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Sul

    Número da Pergunta: 175

    Ano: 2015

  • As principais espécies forrageiras de inverno indicadas para comporem sistema de ILP em regiões subtropicais são: aveia preta (Avena strigosa), azevém (Lolium multiflorum), as leguminosas anuais como a ervilhaca (Vicia spp.) e o trevo vesiculoso (Trifolium vesiculosum), e as leguminosas perenes como o trevo branco (Trifolium repens) e cornichão (Lotus corniculatus). Os cereais de inverno de duplo propósito (forragem e grãos) como o trigo (Triticum aestivum), a aveia branca (Avena sativa), o centeio (Secale cereale), o triticale (x Triticosecale) e a cevada (Hordeum vulgare) têm aumentado a participação.

    Para o verão, são indicadas as gramíneas forrageiras perenes como as braquiárias, principalmente a brizanta (Urochloa brizantha syn. Brachiaria brizantha cv. Marandú), e os panicuns (Panicum maximum cvs. Aruana e Mombaça). Entre as anuais de verão, são indicadas o milheto (Pennisetum americanum), o capim sudão (Sorghum bicolor ssp. sudanense) e os sorgos forrageiros (Sorghum bicolor).

    De maneira geral, são registradas produtividades médias de matéria seca nas espécies de inverno de 4 t/ha a 8 t/ha, e, nas de verão, são comuns registros de 10 t/ha a 15 t/ha, podendo ultrapassar 20 t/ha, em áreas sem restrições hídricas e de fertilidade.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 256

    Ano: 2015

  • A pastagem de inverno mais utilizada na região subtropical brasileira é composta por aveia preta e azevém (Lolium multiflorum Lam.). Essas forrageiras são estabelecidas no início do outono e, cerca de 60 dias após a semeadura, atingem estatura de 20 cm a 30 cm, com acúmulo de forragem superior a 1.000 kg/ha de matéria seca. Pode-se iniciar o pastejo que, no método de lotação contínua, deve manter o pasto nessa faixa de 20 cm a 30 cm, ajustando-se a carga animal ao longo da estação de crescimento. A adubação deve seguir a indicada baseada em análise de solo e, tampouco, deve ser descuidada a cobertura nitrogenada. Assim, é possível manter carga animal média de 600 kg/ha a 900 kg/ha de peso vivo (2 novilhos/ha a 4 novilhos/ha), com ganho médio diário de 1 kg/animal e 200 kg/ha a 400 kg/ha de ganho de peso.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 257

    Ano: 2015

  • O impacto do pisoteio por novilhos em pastagens bem manejadas, conforme indicação ocorre na camada superficial do solo, de 0 a 5 cm, com aumento de densidade e diminuição da porosidade. Entretanto, os supostos efeitos negativos desaparecem durante o ciclo da soja, sendo que valores de macroporosidade e densidade de solo na camada superficial retornam à condição inicial. É importante destacar que a produtividade da soja é afetada, minimamente, com a vantagem de aumentar a rentabilidade em razão da receita propiciada pelos bovinos.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 258

    Ano: 2015

  • O estabelecimento da pastagem deve ser priorizado no primeiro e segundo anos em um sistema de IPF, quando há pouco sombreamento entre as linhas de árvores, pois a germinação e emergência de sementes e o pegamento de mudas forrageiras são normalmente afetados pelo sombreamento. Os principais problemas de produção e persistência da pastagem observados em sistema de IPF em condições de propriedade rural ocorrem por má formação durante essa fase, principalmente por causa da baixa densidade de plantas forrageiras. Uma alternativa também é estabelecer a pastagem no ano anterior ao plantio das árvores. Nesse caso, depois de garantida a boa formação da pastagem, basta realizar o cultivo mínimo (preparo apenas da linha de plantio) para o estabelecimento das mudas de árvores. Deve-se sempre seguir as recomendações de calagem e adubação de um engenheiro-agrônomo para o estabelecimento da pastagem e das árvores. Ambos precisam ser fertilizados anualmente. Sempre que possível, o preparo convencional do solo (uso de arado e grade sucessivamente) deve ser evitado para que não ocorra a degradação do solo e que se estimule a emergência de plantas invasoras na pastagem e nas linhas das árvores.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 264

    Ano: 2015

  • No primeiro inverno, após a implantação das pastagens na sucessão da cultura do arroz, o início do pastejo poderá ocorrer entre 40 e 60 dias após a semeadura das forrageiras (maio-junho), desde que sejam observadas as recomendações técnicas de incorporação da palhada do arroz, drenagem do terreno e recuperação da fertilidade do solo. Quando não são observadas essas recomendações, o início do pastejo vai ocorrer entre 120 e 150 dias após a semeadura, o que se dará entre agosto e setembro. Nesse primeiro ano, o tempo de pastejo poderá ser de 60 ou de 120 dias ou mais, em razão do manejo empregado pelos produtores. A partir do segundo ano, com a ressemeadura natural das forrageiras de inverno e o retorno de espécies nativas de verão, o período de pastejo ao longo do ano poderá chegar entre 280 e 300 dias. Durante a fase das pastagens de inverno, o pastejo ficará entre 120 e 140 dias.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 274

    Ano: 2015

  • Sabe-se que as adubações devem ser realizadas nas culturas, e que as forrageiras vão utilizar os resíduos delas quando as culturas forem colhidas. O primeiro aspecto que deverá ser mencionado é que a retirada de nutrientes das culturas é muito maior do que a retirada pelas forrageiras, pelo produto animal. Por outro lado, os animais são catalizadores na ciclagem de nutrientes, via fezes e urina, e melhoram a estruturação do solo por meio da matéria orgânica. Deve ser destacada também a grande incorporação de matéria orgânica ao solo via sistema radicular das forrageiras, principalmente as de inverno. Então, durante a fase pastagem, haverá maior ciclagem de nutrientes e menor retirada, o que tem levado a pesquisa a resultados bastante satisfatórios de adubações nessa fase e redução de adubos colocados no momento da semeadura das culturas em sucessão. Além de reduções de custos das lavouras, o tempo gasto na semeadura é menor, pois as máquinas poderão ter mais autonomia, considerando diminuições de paradas para abastecimento de adubos. Entretanto, é importante mencionar que essas tecnologias deverão ser implantadas de forma escalonada e contínua. Não é possível, num solo pobre, serem esperados efeitos positivos nos primeiros anos do sistema de ILP; é necessário que as práticas ou os processos sejam gradativamente utilizados. Chegará o momento, quando a qualidade do solo melhorar, em que as fertilizações passam ser de sistemas e não de atividades isoladas, ou seja, não por culturas.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 277

    Ano: 2015