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  • Por se tratar de uma região formada por vários biomas, o Nordeste é caracterizado por diversas sub-regiões. A seguir, são descritas as de maior potencial para a adoção da estratégia de ILPF:

    • Sub-região dos Cerrados do sudoeste piauiense, sul e leste maranhense e oeste baiano – esta sub-região vem se tornando o maior polo produtor de grãos – soja, milho, arroz, feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.], girassol (Helianthus annuus) e algodão (Gossypium hirsutum) – do Nordeste. Por estar próxima do mercado que demanda pro­dutos madeireiros, nesta sub-região o sistema mais adotado, e de maior potencial de crescimento, é o sistema de ILP, seguido pelo sistema de ILPF.
    • Sub-região da pré-Amazônia maranhense – além da atividade pecuária predominante, esta sub-região tem potencial para o cultivo de milho e arroz, visando à recuperação ou renovação de pastos para atividade de bovinocultura e ovinocultura, e ainda por ser crescente a atividade florestal em razão do mercado de produtos madeireiros.
    • Sub-regiões da Caatinga, do Agreste e da Zona da Mata – embora os sistemas de integração ainda apresentem baixo percentual de adoção nesta sub-região, o polo lavoureiro do Agreste, onde a cultura do milho é feita de maneira tradicional, possui maior potencial de adoção do sistema de ILP.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Nordeste

    Número da Pergunta: 186

    Ano: 2015

  • ILP no Nordeste

    As opções são:

    • Nas condições da região produtora de grãos do Cerrado nordestino, os consórcios de culturas no sistema de ILP mais indicados no período das chuvas são os plantios de milho com forrageiras e, na safrinha, o consórcio de milho precoce, sorgo forrageiro (Sorghum bicolor) e milheto (Pennisetum americanum) com gramíneas forrageiras.
    • Nas condições da pré-Amazônia maranhense, por ser uma região onde a pecuária predomina, as opções mais indicadas são o consórcio de milho com forrageiras em terras altas e arroz com forrageiras em terras de baixadas no período das chuvas.
    • Nas sub-regiões da Caatinga e do Agreste, os componentes mais utilizados em cultivos simultâneos são: feijão-comum (Phaseolus vulgaris L.), feijão-caupi, milho e mandioca (Manihot esculenta), e forrageiras como gramíneas e compo­nentes arbustivos. Portanto, os consórcios de cultura em ILP são os mais praticados nesta sub-região.
    • Nas sub-regiões do Agreste e da Zona da Mata, a opção mais adequada é o consórcio do milho com Urochloa decumbens ou Urochloa ruziziensis.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Nordeste

    Número da Pergunta: 187

    Ano: 2015

  • No polo produtor de grãos do Cerrado nordestino, a área de cultivo com a lavoura de soja no plano de rotação de culturas de grãos mais indicado para o sistema de ILP ocupa 2/3 ou 3/4, e a lavoura de milho com forrageiras ocupa 1/3 ou 1/4. Após a colheita do milho, a pastagem fica formada, e sua utilização ocorre apenas na entressafra com terminação de bovinos e ovinos em pasto (modalidade boi safrinha). Depois da retirada dos animais, no final do período seco, a palhada restante deve ser utilizada para o plantio direto na safra seguinte. Nesse plano, segue-se a rotação de área, na qual, a cada safra, o consórcio e a pastagem passam para a área que foi cultivada com soja, e assim sucessivamente. No Nordeste, em regiões onde há predomínio da pecuária, a sucessão é feita com o consórcio de culturas de grãos com forrageiras com a finalidade de recuperar, renovar e/ou formar pasto para utilização por muitos anos, até que seja novamente preciso repetir o sistema de renovação do pasto.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Nordeste

    Número da Pergunta: 189

    Ano: 2015

  • No plano estabelecido, a área de soja ocupa 80% e a de milho com forrageiras 20% no período das chuvas. Ainda no período das chuvas, mas em safrinha, na área em que foi colhida a soja de ciclo precoce plantam-se lavouras de grãos, como o milho precoce com forrageiras, sorgo granífero [Sorghum bicolor (L.) Moench], feijão-comum, feijão-caupi e milheto.

    No período seco, a área de pastagem oriunda do consórcio das chuvas e da safrinha ocupa cerca de 40% e passa a ser utilizada para exploração do componente pecuário. Os outros 60% são ocupados pelo milheto e pela U. ruziziensis oriundos da sobressemeadura no R5 e R6 da soja, cuja finalidade é a palhada para cobertura do solo e o plantio direto na safra seguinte.

    O plano de exploração pecuário adotado pode ser o de cria, recria e terminação/engorda em pasto, recria e terminação/engorda em pasto ou apenas terminação/engorda em pasto. Este último é o mais utilizado pelos produtores de grãos que preferem fazer a atividade pecuária apenas na entressafra seca. Havendo pasto em excesso, pode ser feito o feno e/ou a silagem tanto para uso na fazenda quanto para venda aos pecuaristas da região. Além dessa pastagem formada todo ano pelo plano de rotação, existe uma área de pasto permanente onde ficam os animais no período das chuvas, enquanto a área de cultivo está em uso para produção de grãos.

    O componente pecuário de terminação em pasto na entressafra utiliza alimentação complementar com o fornecimento de uma mistura múltipla no cocho, na quantidade de até 1% do peso vivo/animal. Essa prática é imprescindível por causa da queda na qualidade nutricional do pasto no final do período seco. A mistura múltipla é preparada com o resíduo ou quirela de grãos oriundos da pré-limpeza e da secagem nos secadores de grãos. Para tanto, algumas fazendas da região dispõem de secadores e de equipamentos de fabricação de ração, compostos por trilhadora, torrefador, triturador e misturador de ração. Nessas áreas, o componente florestal é o eucalipto, que é plantado em glebas com o cultivo intercalado em renques de até três fileiras espaçadas em faixas de 14 m e 28 m, onde se realiza o cultivo de lavoura nos três primeiros anos e pastagem e pecuária até o sétimo ano, quando deve ser cortado o eucalipto para o mercado de carvão vegetal e lenha. Parte do eucalipto pode ser mantida, para que continue se desenvolvendo e seja utilizada na produção de postes e/ou madeira para serraria, que no caso ocorrerá aos 12 ou 14 anos.

    Ao longo de 10 anos, destaca-se o aumento da produtividade da soja em semeadura direta na palhada oriunda do consórcio em 7 sacos/ha a mais que a média da fazenda em cultivo convencional. Com a rotação, o milho alcançou alta produtividade média – em torno de 153 sacos/ha. No componente pecuário, o ganho de peso com bois em terminação em pasto na entressafra foi de 4,5 arrobas/boi e 9,5 arrobas/ha. A produção de grãos de soja e de milho resultou em uma produtividade 55% maior por hectare do que em uma área que cultiva apenas a soja. Em termos econômicos, quando se soma a receita dos grãos e dos bois, cada hectare corresponde ao dobro da receita da área cultivada apenas com soja. Portanto, com base nos dados do sistema de ILPF adotado em áreas no Cerrado maranhense, pode-se até dobrar a produção e a receita da fazenda cultivando a mesma área que antes era apenas soja.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Nordeste

    Número da Pergunta: 203

    Ano: 2015

  • As modalidades de sistema de ILP mais comumente adotadas na região Norte são:

    • Consórcio de milho (Zea mays) com braquiária (siste­ma Santa Fé) para renovação de pastagens em áreas predo­minantemente de pecuária.
    • Soja (Glycine max) e/ou arroz (Oryza sativa) como cultura principal e forrageira implan­tada em sobressemeadura ou após a colheita.
    • Soja como cultura principal, milho safrinha consorciado com braquiária em polos sojicultores tradicionais.

    Existem também variações em decorrência das peculiaridades de produtores quanto a suas prioridades de produção. Para produtores rurais que têm a pecuária como principal atividade, a utilização do sistema decorre da necessidade de renovação das pastagens. Desse modo, a gramínea forrageira é introduzida no sistema no momento do plantio do milho, podendo, por exemplo, ser misturada ao adubo de base e também inserida no sistema por ocasião da adubação nitrogenada de cobertura demandada pela cultura do milho. Após a colheita do milho, a pastagem já se encontrará estabelecida.

    Outra situação que também acontece no processo de recupe­ração de pastagens degradadas, com sistemas de ILP, consiste na renovação da pastagem mediante cultivo de grãos (arroz, milho, soja) em sucessão ou rotação por 2 a 4 anos, sendo que no último ano é introduzida a forrageira. Na região Norte, as gramíneas mais utilizadas são as do gênero Urochloa (syn. Brachiaria) e Panicum.

    No caso de produtores rurais que priorizam a produção de grãos, a introdução das gramíneas no sistema apresenta um duplo propósito: formação de palhada e produção de forragem. Conforme a situação climática da região, os produtores trabalham com uma safra de grãos e, em seguida, estabelecem a forrageira para produção do chamado boi safrinha, ou seja, engorda de bovinos com uma taxa de lotação reduzida, sendo que a gramínea também servirá de palhada para o plantio direto de grãos na próxima safra. E, em outros casos, em que a distribuição de chuvas permite, tem-se a safra principal e safrinha com grãos e uma terceira safra com a engorda de bovinos.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Norte

    Número da Pergunta: 206

    Ano: 2015

  • As espécies forrageiras tradicionalmente utilizadas e recomendadas são milho e sorgo para silagem; e, para o uso como pastagem, as espécies de braquiárias (U. ruzizienses, U. brizantha cv. Marandú, cv. Xaraes, cv. Piatã, U. humidicola) são predominantes nos sistemas; no entanto, outras opções têm sido apontadas e pesquisadas na região, como: Paspalum atratum cv. Pojuca e Panicun maximum cv. Mombaça. O plantio de milho e sorgo para silagem garante a alimentação suplementar do gado no período seco, e, após a colheita da forragem, a pastagem que foi consorciada com a cultura estará implantada. Assim o produtor terá disponíveis duas alternativas (silagem e pastagem) para a alimentação do gado no período seco.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Norte

    Número da Pergunta: 214

    Ano: 2015

  • Atualmente, as espécies exóticas estudadas e utilizadas pelos produtores são a gliricídia (Gliricidia sepium), teca (Tectona grandis), mogno-africano (Khaya ivorensis) e, predominantemente, o eucalipto (Eucalyptus sp.). A escolha da melhor espécie dependerá de vários fatores que poderão influenciar no sucesso da atividade, sendo eles principalmente: finalidade do componente florestal – comercial ou não; mercado consumidor; disponibilidade de mudas de qualidade – embora a região seja conhecida pela sua diversidade florestal, ainda são poucos os viveiros legalizados que produzem mudas em quantidade e qualidade; condições edafoclimáticas locais; conhecimentos silviculturais sobre a espécie selecionada.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Norte

    Número da Pergunta: 218

    Ano: 2015

  • Embora a diversidade de espécies nativas na Amazônia seja grande, a disponibilidade de conhecimentos silviculturais para exploração delas ainda é restrita. No entanto, algumas vêm sendo estudadas e utilizadas. São elas: bordão de velho (Samanea tubulosa), cedro-doce (Bombacopsis quinata), taxi-branco (Sclerolobium paniculatum), paricá (Schizolobium parahyba), baginha (Stryphnodendron pulcherrimum), mogno (Swietenia macrophylla), mulateiro (Calicophyllum spruceanum), cumaru (Dipteryx odorata), castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa), entre outras.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Norte

    Número da Pergunta: 219

    Ano: 2015