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Sim, é possível. Dependendo do objetivo, da modalidade de consorciação, do método de implantação e da população de plantas de braquiária, as perdas de rendimento no milho podem ser minimizadas ou até mesmo não existir.
Há vários trabalhos técnicos publicados que demonstram que, dependendo da taxa de semeadura da forrageira, pode não haver perdas de rendimento de grãos no milho e, ainda assim, produzir boa quantidade de palha para a cultura subsequente.
Em alta densidade de plantas forrageiras, o produtor pode optar pela utilização de subdoses de determinados herbicidas de ação graminicida, seletivo à cultura do milho, a fim de evitar ou reduzir as perdas de rendimento de grãos da cultura. A efetividade desses produtos sobre a braquiária dependerá do herbicida, da dose, do estádio de desenvolvimento do capim no momento da aplicação, da espécie forrageira e da cultivar da cultura anual. Doses abaixo do recomendado podem não surtir o efeito esperado; já as doses acima da indicada podem acarretar a morte da forrageira.
A semeadura do capim na entrelinha da cultura é outra estratégia possível de ser adotada para evitar perdas de rendimento de grãos no milho. Nessa situação, o produtor deve alternar as sementes nas caixas, na mesma semeadora, sendo uma com milho e outra com capim, sempre respeitando a recomendação do equipamento para discos e demais componentes. Essa opção gera um distanciamento entre linhas da cultura de milho que deve ser observado de acordo com a expectativa de estande final de plantas e colheita. Em virtude da distância entre as plantas, o efeito da competição entre as espécies é minimizado. Porém, é necessário que o produtor fique atento com relação à escolha da espécie forrageira, pois forrageiras com hábito de crescimento cespitoso (como as cultivares BRS Piatã, Mombaça, Marandú e Xaraés) não promovem boa cobertura da área, no mesmo intervalo de tempo, quando comparadas a espécies de crescimento mais decumbentes (Urochloa ruziziensis syn. Brachiaria ruziziensis) semeadas em espaçamentos mais amplos.
A semeadura defasada da forrageira, também, pode ser adotada como estratégia para minimizar a competição entre as duas espécies. Nessa modalidade de implantação, o capim é semeado após o estabelecimento da cultura. Esse método apresenta as seguintes desvantagens: necessidade da realização de duas operações de semeadura; uso de maior quantidade de sementes, quando a semeadura da forrageira é realizada a lanço; além de maior probabilidade de má formação de estande, principalmente quando realizada no período de safrinha, em virtude da restrição hídrica e de temperaturas menos favoráveis ao seu desenvolvimento. Cabe ao produtor escolher a estratégia que melhor se adéque à sua realidade e ao seu objetivo final.
Capítulo: Implantação de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
Número da Pergunta: 62
Ano: 2015
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O sistema Barreirão tem o objetivo de recuperar ou renovar pastagem degradada em solo degradado. Para que seja implantado, ele deve ser precedido de uma série de cuidados referentes ao diagnóstico da área, escolha da lavoura e da forrageira, entre outros. Primeiramente é preciso fazer as análises de solo e, com base nela, fazer a correção química e o preparo do solo.
Capítulo: Implantação de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
Número da Pergunta: 68
Ano: 2015
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Quando se deseja mudar o tipo de capim, faz-se uma gradagem pesada no período seco para expor o sistema radicular do capim presente na área, de maneira que as plantas morram. Nessa ocasião, são incorporados os corretivos. A principal característica do sistema Barreirão é a aração profunda com arado de aivecas no início do período chuvoso. As razões para o uso desse implemento são as seguintes: fazer o condicionamento físico e químico do solo, rompendo camadas compactadas ou adensadas; inverter a camada de solo revolvida a fim de que haja incorporação profunda de corretivos; e incorporar em profundidade o banco de sementes de plantas daninhas, capins, etc., para que elas não saiam ou para que tenham a emergência retardada competindo menos com a lavoura. Na sequência, são tomados os cuidados com a conservação do solo. Como o condicionamento químico não é imediato, ou seja, demanda tempo de reação dos corretivos e fertilizantes, é esperado melhor desempenho das lavouras nos cultivos subsequentes. Uma maneira de minimizar isso em clima mais seco é fazer as correções preconizadas acima mais no final do período chuvoso anterior, quando os riscos de erosão já são menores, e plantar o capim com que se quer trabalhar, ou o milheto ou o sorgo de pastejo. A forrageira vai estabelecer e poderá, até mesmo, ser usada na entressafra.
Capítulo: Implantação de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
Número da Pergunta: 69
Ano: 2015
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Consiste na produção consorciada de culturas de grãos, especialmente milho, soja (Glycine max), arroz (Oryza sativa), sorgo e milheto com espécies forrageiras tropicais, principalmente as do gênero Urochloa e Panicum, tanto no SPD quanto no preparo convencional, em áreas de lavoura com solo parcial ou devidamente corrigido.
Os principais objetivos desse sistema são:
- Produzir forrageira para a entressafra e palhada em quantidade e qualidade para o SPD.
- Aumentar a produtividade da cultura de milho e das pastagens e, com isso, baixar os custos de produção, tornando a propriedade agrícola mais competitiva e sustentável.
- Viabilizar o plantio direto em várias regiões com a geração de palhada em quantidade adequada.
Os principais benefícios são:
- Bom desenvolvimento inicial da cultura do milho, exercendo com isso alta competição sobre as forrageiras, a fim de evitar redução significativa nas suas capacidades produtivas de grãos.
- Apresenta a vantagem de não alterar o cronograma de atividades do produtor e não exigir equipamentos especiais para sua implantação.
- Efeito supressor da palhada de braquiária em plantas daninhas e em fungos de solo.
Capítulo: Implantação de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
Número da Pergunta: 70
Ano: 2015