Resultado de pesquisa
Exibindo 1.409 resultados encontrados
-
O plantio das árvores deve ser feito, preferencialmente, em curvas de nível, especialmente quando existem fatores de riscos à degradação do solo por erosão (elevada declividade, solo descoberto, elevado índice de precipitação local, etc.) ou preocupações em relação à conservação da água no solo. Entretanto, em casos de baixo risco de degradação do solo, é possível realizar o plantio linear em linhas. Nesse caso, para a região Sul do Brasil, a pesquisa tem observado que a orientação leste-oeste favorece sistemas integrados com forrageiras de verão. Ao contrário, o plantio na orientação norte-sul favorece sistemas que envolvem forrageiras de clima temperado. Na área tropical do Brasil, é consenso que o plantio na orientação leste-oeste é o mais recomendado para as situações de baixo risco de degradação do solo. A orientação norte-sul privilegia o crescimento das árvores, já que suas sombras deverão incidir sobre as entrelinhas, particularmente durante o verão. Contudo, em virtude da menor inclinação solar e do movimento diário típico do sol durante o inverno no Sul do Brasil, a orientação norte-sul das linhas de plantio provoca menor incidência de sombra das árvores sobre as entrelinhas, favorecendo sistemas que usam forrageiras de inverno. Por outro lado, se o sistema de IPF usar forrageiras de verão, a orientação leste-oeste de plantio das árvores proporciona maior luminosidade nas entrelinhas, já que a sombra das árvores segue o movimento do sol, e esta é projetada sobre a própria linha das árvores, durante os meses mais quentes do ano no Sul do Brasil.
Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 270
Ano: 2015
-
Sabe-se que as adubações devem ser realizadas nas culturas, e que as forrageiras vão utilizar os resíduos delas quando as culturas forem colhidas. O primeiro aspecto que deverá ser mencionado é que a retirada de nutrientes das culturas é muito maior do que a retirada pelas forrageiras, pelo produto animal. Por outro lado, os animais são catalizadores na ciclagem de nutrientes, via fezes e urina, e melhoram a estruturação do solo por meio da matéria orgânica. Deve ser destacada também a grande incorporação de matéria orgânica ao solo via sistema radicular das forrageiras, principalmente as de inverno. Então, durante a fase pastagem, haverá maior ciclagem de nutrientes e menor retirada, o que tem levado a pesquisa a resultados bastante satisfatórios de adubações nessa fase e redução de adubos colocados no momento da semeadura das culturas em sucessão. Além de reduções de custos das lavouras, o tempo gasto na semeadura é menor, pois as máquinas poderão ter mais autonomia, considerando diminuições de paradas para abastecimento de adubos. Entretanto, é importante mencionar que essas tecnologias deverão ser implantadas de forma escalonada e contínua. Não é possível, num solo pobre, serem esperados efeitos positivos nos primeiros anos do sistema de ILP; é necessário que as práticas ou os processos sejam gradativamente utilizados. Chegará o momento, quando a qualidade do solo melhorar, em que as fertilizações passam ser de sistemas e não de atividades isoladas, ou seja, não por culturas.
Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 277
Ano: 2015
-
Entre as espécies de gramíneas tolerantes ao sombreamento moderado estão algumas das forrageiras mais cultivadas no Brasil e em outras regiões tropicais e subtropicais do mundo, como Urochloa spp. e Panicum maximum (Tabela 1).
Tabela 1. Tolerância ao sombreamento de algumas gramíneas.
Tolerância ao sombreamento
Gramínea
Nome comum
Alta
Axonopus compressus
Grama São Carlos
Ottochloa nodosun
Grama pânico
Paspalum conjugatum
Pensacola
Stenotaphrum secundatum
Grama búfalo
Urochloa brizantha
Marandú, BRS Piatã, Xaraés
Urochloa decumbens
Capim braquiária
Urochloa humidicola
Quicuio da Amazônia
Média
Imperata cylindrica
Capim sapé
Panicum maximum
Tanzânia-1, Mombaça, Massai, Uruana, Vencedor
Urochloa mutica
Capim Angola
Baixa
Digitaria decumbens
Pangola
Fonte: Shelton et al. (1987).
SHELTON, H. M.; HUMPHREYS, L. R.; BATELLO, C. Pastures in the plantations of Asia and the Pacific: performance and prospect. Tropical Grasslands, v. 21, n. 4, p. 159-168, Dec. 1987.
Capítulo: Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta como Alternativa de Manejo Sustentável para a Produção de Leite
Número da Pergunta: 285
Ano: 2015
-
Nestes ambientes, onde há predominância do arroz irrigado como cultura principal, o primeiro passo, para implantação de forrageira e obtenção de bom resultado, é o planejamento de uso da área, ou seja, o arroz irrigado deve ocupar a área por 1 a 2 anos, e outras culturas de sequeiro e pastagens devem ser utilizadas durante 3 a 6 anos, chamado de período de pousio da cultura do arroz. Essa recomendação técnica é em virtude do ambiente sem oxigenação causado pela irrigação por inundação da cultura do arroz. O segundo passo técnico recomendado é a incorporação da palhada do arroz ao solo logo após a colheita da cultura e desmanche das marachas (taipas), utilizadas para facilitar a irrigação. Isso pode ser feito com auxílio de rolo faca ou gradagens. O terceiro passo é a drenagem do terreno, considerando que as forrageiras que virão na sucessão durante o inverno e as culturas de sequeiro ou forrageiras de verão não toleram solos com encharcamento. Essa drenagem poderá ser realizada, superficialmente, com valetadeiras apropriadas; e, em camadas mais profundas do solo, com equipamentos tipo subsolador (torpedo). O terceiro passo é a análise do solo quanto à necessidade de calagem e fertilização. Normalmente, essas áreas, após o cultivo do arroz, apresentam necessidade de calagem e fertilização adequadas a altas produções de forragem, o que aumenta a capacidade de suporte desses pastos.
Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 273
Ano: 2015