Resultado de pesquisa
Exibindo 1.409 resultados encontrados
-
A taxa de lotação será uma função direta do ritmo de crescimento dos pastos e da produtividade que, por sua vez, é influenciada fortemente pela melhoria na fertilidade do solo, pela idade dos pastos e pelo grau de interferência do componente florestal, quando presente. Sistema de ILP com rotação de culturas mais frequentes é mais produtivo (forragem e produto animal) e propiciarão maiores taxas de lotação. Em sistema de ILPF, com a competição promovida pelo componente florestal sobre a forrageira, a tendência é uma menor taxa de lotação em comparação com ILP e com sistemas convencionais mais intensificados. Como regra, taxas de lotação elevadas resultarão em menores ganhos por animal. Ademais, para o equilíbrio entre a produtividade animal e a produtividade de forragem, a taxa de lotação deverá ser ajustada com base nos referenciais de altura de pastejo para cada forrageira. Em sistema de ILP mais intensivo, são utilizadas forrageiras de maior potencial produtivo, como as do gênero Panicum e U. brizantha, com predominância do pastejo rotacionado (com referenciais de altura de pré-pastejo ou de entrada, e de pós-pastejo ou de saída dos animais); em sistemas menos intensivos, geralmente, adota-se o pastejo contínuo e o alternado (com referenciais de altura máxima e mínima de entrada e saída), com preferência pelas forrageiras do gênero Urochloa. Nesses sistemas, são sugeridas as mesmas recomendações de manejo da altura do pasto que em sistemas convencionais, conforme tabela a seguir.
Tabela 1. Recomendações de manejo de altura de pasto para sistema de integração lavoura-pecuária.
Forrageira
Altura do pasto (cm)
Panicum
Pré-pastejo
Pós-pastejo
Mombaça
80 a 90
40 a 45
BRS Zuri
70 a 75
30 a 35
Tanzânia-1
65 a 70
35 a 40
Massai
50 a 55
25 a 30
Aruana IZ-5
30
15
Urochloa
Máxima
Mínima
Xaraés
40
20 a 25
Marandú, BRS Piatã
35
20
BRS Paiaguás
35
20
Decumbens
30
15
Em sistema de ILPF, com menor intensificação em que ocorrem restrições para o desenvolvimento da planta forrageira, existem poucos estudos sobre métodos e alturas de pastejo mais adequados. De maneira geral, adota-se o pastejo contínuo e, em alguns casos, o pastejo alternado, com predominância pela utilização de forrageiras do gênero Urochloa e P. maximum cv. Massai. Em áreas sombreadas, há uma tendência de menor densidade do pasto (massa de forragem/altura do pasto) em relação a áreas em pleno sol e de menor proporção do sistema radicular da forrageira. Por isso, a indicação é de se manter o pasto com as alturas mínimas ligeiramente superiores às recomendadas, para favorecer a rebrotação e para se evitar situações de superpastejo.
Capítulo: Desempenho das Forrageiras Tropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 241
Ano: 2015
-
Sim, porém é de uso mais complexo e restrito, principalmente em sistema mais intensificado de ILP, com utilização da pecuária somente na entressafra, objetivando-se um maior período de pastejo. O consórcio pode ser efetuado em diferentes épocas de desenvolvimento da soja; porém, quando a soja e o capim são semeados na mesma operação, a competição é grande e pode haver comprometimento na produção de grãos. Em semeaduras mais tardias, o consórcio não afeta o desenvolvimento da soja e não causa problemas na colheita mecanizada. Porém, o consórcio mais tardio pode causar problemas operacionais, como a entrada de máquinas na área. Para consórcios em que a semeadura da forrageira será realizada nos estádios R5 a R7, a distribuição de sementes pode ser feita por avião ou por motossemeadora, lembrando que, nesses casos, a quantidade de sementes de capim deve ser, no mínimo, o dobro da taxa de semeadura recomendada para o monocultivo.
Capítulo: Desempenho das Forrageiras Tropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 248
Ano: 2015
-
Os cereais de duplo propósito são aqueles que inicialmente podem ser desfolhados fornecendo pasto adicional aos das pastagens tradicionais no final de outono e parte do inverno, meses de menor luminosidade e temperaturas baixas que afetam marcadamente a taxa de crescimento das forrageiras de inverno. Assim, há necessidade de áreas maiores para obtenção de forragem em quantidade adequada ao rebanho, quando os cereais de inverno são incluídos no planejamento forrageiro. Ao final do inverno, à medida que temperatura e luminosidade aumentam, com maior crescimento, começa a sobrar pasto, permitindo a retirada dos animais dos cereais de duplo propósito, como o trigo BRS Tarumã, pois a pastagem de aveia-azevém supre a demanda desses animais. Os cereais passam a ser manejados para a colheita de grãos ou para serem colhidos e conservados na forma de silagem ou feno.
Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 259
Ano: 2015
-
O conceito de tolerância ao sombreamento para forrageiras em sistema de IPF aplica-se para aquelas espécies que mantêm um potencial de crescimento à sombra semelhante ao observado a pleno sol. Isso não significa dizer qualquer nível de sombra. Quando se menciona forrageiras tolerantes à sombra, significa incluir aquelas espécies que crescem satisfatoriamente em níveis de sombreamento intermediário ou moderado (sombreamento igual ou inferior a 50% daquele observado em sol pleno). Abaixo desse nível de luminosidade, o crescimento das forrageiras não é suficiente para um bom desempenho animal. Portanto, não existem forrageiras totalmente tolerantes a sombreamento intenso, e, por isso, o sistema de IPF necessita de espaçamentos entre as linhas das árvores bem superiores àqueles usados em florestas comerciais.
Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 261
Ano: 2015