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Considerando a propriedade como um todo, a falta de forragem durante o período seco pode ser contornada com a programação de rotação de áreas com sistema de ILP, que proporcionam pastagem de alta qualidade nesse período, desafogando as pastagens mais velhas e ampliando a capacidade de suporte da propriedade. Uma possibilidade é a divisão da propriedade em cinco talhões, de modo que, durante o verão, um talhão (ou 20% da área) seja utilizado com lavouras, e, durante a época seca, estes tenham 20% da área com pastagem nova. Assim, em um período de 5 anos, todas as áreas com pastagens da propriedade serão renovadas, podendo-se iniciar um novo ciclo. Essas pastagens renovadas após lavouras podem suportar de duas a três vezes mais animais do que pastagens mais velhas, ampliando a oferta de forragem na propriedade. A divisão da propriedade em um menor número de talhões permite uma maior área com pastagem renovada a cada ano e acarreta em menor tempo para renovação de todas as pastagens, aumentando a eficiência da fase com pecuária. Entretanto, a fase com lavoura também é beneficiada pela diminuição no tempo de renovação das pastagens, pois estas se encontram mais produtivas e refletem positivamente na produtividade da lavoura em sequência, mostrando os efeitos sinérgicos entre lavoura e pastagem, e o grande potencial de sistema de ILP para ampliar a eficiência da agropecuária.
Capítulo: Desempenho das Forrageiras Tropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 253
Ano: 2015
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As principais espécies forrageiras de inverno indicadas para comporem sistema de ILP em regiões subtropicais são: aveia preta (Avena strigosa), azevém (Lolium multiflorum), as leguminosas anuais como a ervilhaca (Vicia spp.) e o trevo vesiculoso (Trifolium vesiculosum), e as leguminosas perenes como o trevo branco (Trifolium repens) e cornichão (Lotus corniculatus). Os cereais de inverno de duplo propósito (forragem e grãos) como o trigo (Triticum aestivum), a aveia branca (Avena sativa), o centeio (Secale cereale), o triticale (x Triticosecale) e a cevada (Hordeum vulgare) têm aumentado a participação.
Para o verão, são indicadas as gramíneas forrageiras perenes como as braquiárias, principalmente a brizanta (Urochloa brizantha syn. Brachiaria brizantha cv. Marandú), e os panicuns (Panicum maximum cvs. Aruana e Mombaça). Entre as anuais de verão, são indicadas o milheto (Pennisetum americanum), o capim sudão (Sorghum bicolor ssp. sudanense) e os sorgos forrageiros (Sorghum bicolor).
De maneira geral, são registradas produtividades médias de matéria seca nas espécies de inverno de 4 t/ha a 8 t/ha, e, nas de verão, são comuns registros de 10 t/ha a 15 t/ha, podendo ultrapassar 20 t/ha, em áreas sem restrições hídricas e de fertilidade.
Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 256
Ano: 2015
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Em um sistema de IPF, com o desenvolvimento das árvores ao longo do tempo, o sombreamento aumenta, podendo comprometer a produtividade e a persistência da pastagem nas entrelinhas. O primeiro sinal de que a pastagem está se degradando em um sistema de IPF é o amarelecimento das folhas superiores das forrageiras, a diminuição da densidade de plantas forrageiras (número de plantas por m2) em relação à usada na semeadura ou no plantio da área, aumento gradativo da presença de invasoras, ou solo descoberto. Nesse momento, se o motivo da degradação for o excesso de sombreamento (níveis de luminosidade abaixo de 50% em relação ao ambiente fora do sistema), é preciso considerar o ato de desrama (poda dos ramos laterais das árvores) e/ou desbaste (corte de árvores sistemático ou seletivo para diminuir a população de árvores). Nesse caso, recomenda-se a orientação de um engenheiro florestal. Após esse procedimento, será preciso realizar o reestabelecimento das forrageiras com nova realização da calagem, da adubação e da semeadura ou do plantio das forrageiras.
Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 268
Ano: 2015
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O plantio das árvores deve ser feito, preferencialmente, em curvas de nível, especialmente quando existem fatores de riscos à degradação do solo por erosão (elevada declividade, solo descoberto, elevado índice de precipitação local, etc.) ou preocupações em relação à conservação da água no solo. Entretanto, em casos de baixo risco de degradação do solo, é possível realizar o plantio linear em linhas. Nesse caso, para a região Sul do Brasil, a pesquisa tem observado que a orientação leste-oeste favorece sistemas integrados com forrageiras de verão. Ao contrário, o plantio na orientação norte-sul favorece sistemas que envolvem forrageiras de clima temperado. Na área tropical do Brasil, é consenso que o plantio na orientação leste-oeste é o mais recomendado para as situações de baixo risco de degradação do solo. A orientação norte-sul privilegia o crescimento das árvores, já que suas sombras deverão incidir sobre as entrelinhas, particularmente durante o verão. Contudo, em virtude da menor inclinação solar e do movimento diário típico do sol durante o inverno no Sul do Brasil, a orientação norte-sul das linhas de plantio provoca menor incidência de sombra das árvores sobre as entrelinhas, favorecendo sistemas que usam forrageiras de inverno. Por outro lado, se o sistema de IPF usar forrageiras de verão, a orientação leste-oeste de plantio das árvores proporciona maior luminosidade nas entrelinhas, já que a sombra das árvores segue o movimento do sol, e esta é projetada sobre a própria linha das árvores, durante os meses mais quentes do ano no Sul do Brasil.
Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 270
Ano: 2015