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- Recuperar ou reformar pastagens degradadas: as lavouras são utilizadas a fim de que a produção agrícola pague, pelo menos em parte, os custos da recuperação ou da reforma das pastagens. A pastagem na sequência terá maior produtividade em virtude do aproveitamento dos nutrientes deixados pela cultura produtora dos grãos. Para a maioria dos solos do Brasil, caso não sejam feitas adubações de manutenção, esse método dá resultado nos primeiros 2 ou 3 anos. Após esse período, a pastagem já apresenta acentuada degradação, em razão do esgotamento dos nutrientes que entraram no sistema via adubação das lavouras. Então, é necessário cultivar lavouras novamente na área para reposição de nutrientes.
- Melhorar as condições físicas e biológicas do solo com a pastagem na área de lavoura: as pastagens deixam quantidades consideráveis de palha sobre o solo. Além disso, as espécies exploram grandes volumes de solo com suas raízes, que, com a dessecação da parte aérea, aumentam a infiltração de água. Isso tende a aumentar a matéria orgânica, que é fundamental na melhoria da estrutura física, além de ser responsável pela reciclagem de alguns nutrientes essenciais às plantas, como o potássio, por exemplo. A matéria orgânica também aumenta a quantidade de meso-organismos (minhocas e insetos) e microrganismos, por ser fonte de alimento e também de carbono para esses seres vivos. A decomposição das raízes cria uma rede de canalículos no solo de grande importância nas trocas gasosas e na movimentação descendente de íons e de água. Esse novo ambiente criado no solo pelo sistema de ILP é fundamental para impactar positivamente tanto a sua sustentabilidade quanto a produtividade do sistema agropecuário.
- Recuperar a fertilidade do solo com a lavoura na área de pastagens degradadas: a correção química do solo e a adubação para cultivo de lavouras recuperam a fertilidade do solo, aumentando a oferta de nutrientes residuais para o pasto que aumenta o seu potencial de produção. Vale insistir no fato de que esse condicionamento é temporário, pois a exploração intensiva sem a reposição de nutrientes no pasto e com altas lotações animais é nociva e de pouca rentabilidade.
- Produzir pasto, forragem conservada e grãos para alimentação animal na estação seca: além da produção de silagem e de grãos, o sistema de ILP possibilita que a pastagem produzida no consórcio ou em sucessão seja utilizada durante a estação seca. A correção do perfil do solo proporciona melhor desenvolvimento do sistema radicular da forrageira, que, assim, aprofunda-se no perfil e absorve água em maiores profundidades, conferindo ao pasto maior persistência durante a estação seca. Além disso, há possibilidade de que os resíduos pós-colheita de grãos possam ser utilizados para alimentação dos animais, outro grande benefício indireto que as culturas produtoras de grãos podem fornecer para a pecuária, além da produção de silagem e de feno.
- Diminuir a dependência de insumos externos: a pastagem recuperada ou reformada passa a contribuir em maior proporção na dieta dos animais, e os grãos produzidos na fazenda são usados na produção da própria ração, diminuindo a necessidade de aquisição no mercado.
- Reduzir os custos tanto da atividade agrícola quanto da pecuária: como há ganhos em produtividade tanto das lavouras quanto das pastagens, menor demanda por defensivos agrícolas e melhor aproveitamento da mão de obra, entre outros fatores, os custos de produção são reduzidos ao longo dos anos de adoção do sistema de ILP.
- Aumentar a estabilidade de renda do produtor: o sistema de ILP possibilita a diversificação de culturas e de atividades econômicas na propriedade, conferindo maior estabilidade de renda, pois os riscos inerentes ao cultivo de uma única cultura diminuem. Mesmo em anos de estiagem, durante os quais pode haver perda de produtividade na agricultura, a pecuária pode diminuir os prejuízos. Em outras palavras, tendo somente uma atividade econômica na propriedade, o agropecuarista fica sujeito a prejuízos que, caso aconteçam, podem ser de difícil recuperação em curto tempo.
Capítulo: Implantação de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
Número da Pergunta: 55
Ano: 2015
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- Para o agricultor: aumento da produtividade e do lucro da atividade, com maior estabilidade de renda por causa da produção diversificada, que reduz a vulnerabilidade aos efeitos do clima e do mercado. Essa nova realidade do produtor permite a ele decidir se aumenta o seu rebanho ou a produção agrícola em um novo patamar tecnológico. Isso é decisivo para a inserção desse produtor no agronegócio. Além disso, a propriedade é valorizada. Uma consideração a ser feita é a de que a pecuária é uma atividade de menor risco em comparação à agricultura. O pecuarista que adota o sistema de ILP aumenta o risco do seu negócio, ao passo que o agricultor tem seus riscos diminuídos.
- Para o pecuarista: embora o risco com agricultura seja grande, ele pode ser compensado com a possibilidade de recuperação da pastagem. A depender da escolha da cultura produtora de grãos no mercado da região onde se localiza a propriedade, a agricultura paga os custos de implantação da nova pastagem e ainda pode trazer lucro adicional se a venda dos grãos for feita no momento oportuno. Além disso, após uma cultura produtora de grãos, a pastagem tem maior produtividade, proporcionando maior ganho de peso por animal e menor custo com suplementação.
- Para a pastagem: como o potencial produtivo do solo é melhorado mediante as correções químicas e adubações realizadas para cultivos de lavouras, a produtividade e a longevidade da pastagem são aumentadas. Adequando o manejo da pastagem por meio do controle de lotação animal e da reposição de nutrientes após cada ciclo de pastejo, essa pastagem permanecerá por muito tempo sendo explorada sem a necessidade de uma nova recuperação da área.
- Para a lavoura: a correção do solo por meio da adição de nutrientes e diminuição do alumínio tóxico proporciona melhoria do ambiente produtivo. Além disso, a pastagem produz muita massa tanto de raízes quanto de parte aérea, aumentando a matéria orgânica, a quantidade de microrganismos benéficos e a porosidade do solo. Esse novo ambiente produtivo diminui a incidência de pragas e doenças com origem no solo. A presença de cobertura permanente no solo traz benefícios no controle da erosão, por causa da proteção mecânica que os resíduos vegetais proporcionam, além de controlar a temperatura do solo e o aumento da infiltração e reduzir a evaporação de água, diminuindo os riscos de perdas de produtividade em casos de regiões com problemas de veranicos.
Capítulo: Implantação de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
Número da Pergunta: 56
Ano: 2015
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Sim, já que a grande maioria dos defensivos (agrotóxicos) em uso são degradados principalmente pela ação dos microrganismos presentes no solo. Como os sistemas integrados aumentam a atividade microbiológica do solo, há uma degradação mais rápida dos defensivos nesses sistemas, e isso diminui sua persistência no ambiente.
Estudos demonstram que ocorre diminuição de até 50% do tempo de permanência de alguns inseticidas no solo quando aplicados nos sistemas de integração, em especial no sistema de ILP em comparação ao sistema convencional.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 44
Ano: 2015
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A principal vantagem relaciona-se ao aspecto econômico, pois, com a diversificação das atividades, os riscos de perdas são reduzidos.
Nos aspectos produtivos das lavouras, a rotação com a pastagem reduz a infestação de plantas daninhas, pragas e doenças e aumenta a matéria orgânica do solo. Destaca-se o fato de que as lavouras são implantadas sobre a pastagem dessecada, ou seja, sobre adequada camada de palha, atendendo uma das principais exigências do sistema de plantio direto (SPD).
Também haverá substancial redução dos custos de produção das lavouras, por conta da maior eficiência no uso de fertilizantes e menor uso de insumos.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 49
Ano: 2015