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A taxa de lotação será uma função direta do ritmo de crescimento dos pastos e da produtividade que, por sua vez, é influenciada fortemente pela melhoria na fertilidade do solo, pela idade dos pastos e pelo grau de interferência do componente florestal, quando presente. Sistema de ILP com rotação de culturas mais frequentes é mais produtivo (forragem e produto animal) e propiciarão maiores taxas de lotação. Em sistema de ILPF, com a competição promovida pelo componente florestal sobre a forrageira, a tendência é uma menor taxa de lotação em comparação com ILP e com sistemas convencionais mais intensificados. Como regra, taxas de lotação elevadas resultarão em menores ganhos por animal. Ademais, para o equilíbrio entre a produtividade animal e a produtividade de forragem, a taxa de lotação deverá ser ajustada com base nos referenciais de altura de pastejo para cada forrageira. Em sistema de ILP mais intensivo, são utilizadas forrageiras de maior potencial produtivo, como as do gênero Panicum e U. brizantha, com predominância do pastejo rotacionado (com referenciais de altura de pré-pastejo ou de entrada, e de pós-pastejo ou de saída dos animais); em sistemas menos intensivos, geralmente, adota-se o pastejo contínuo e o alternado (com referenciais de altura máxima e mínima de entrada e saída), com preferência pelas forrageiras do gênero Urochloa. Nesses sistemas, são sugeridas as mesmas recomendações de manejo da altura do pasto que em sistemas convencionais, conforme tabela a seguir.
Tabela 1. Recomendações de manejo de altura de pasto para sistema de integração lavoura-pecuária.
Forrageira
Altura do pasto (cm)
Panicum
Pré-pastejo
Pós-pastejo
Mombaça
80 a 90
40 a 45
BRS Zuri
70 a 75
30 a 35
Tanzânia-1
65 a 70
35 a 40
Massai
50 a 55
25 a 30
Aruana IZ-5
30
15
Urochloa
Máxima
Mínima
Xaraés
40
20 a 25
Marandú, BRS Piatã
35
20
BRS Paiaguás
35
20
Decumbens
30
15
Em sistema de ILPF, com menor intensificação em que ocorrem restrições para o desenvolvimento da planta forrageira, existem poucos estudos sobre métodos e alturas de pastejo mais adequados. De maneira geral, adota-se o pastejo contínuo e, em alguns casos, o pastejo alternado, com predominância pela utilização de forrageiras do gênero Urochloa e P. maximum cv. Massai. Em áreas sombreadas, há uma tendência de menor densidade do pasto (massa de forragem/altura do pasto) em relação a áreas em pleno sol e de menor proporção do sistema radicular da forrageira. Por isso, a indicação é de se manter o pasto com as alturas mínimas ligeiramente superiores às recomendadas, para favorecer a rebrotação e para se evitar situações de superpastejo.
Capítulo: Desempenho das Forrageiras Tropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 241
Ano: 2015
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Porque, nesses sistemas, as plantas forrageiras terão maior disponibilidade de nutrientes para seu crescimento, com consequente efeito positivo em sua composição químico-bromatológica. Quando em sequência a lavouras, principalmente no primeiro ano, a qualidade da forrageira será superior, inclusive na época de transição águas-seca e na seca. Mesmo assim, nesses sistemas é preciso maior atenção com o manejo do pastejo, porque, toda vez que uma planta cresce mais rápido, também perderá o seu valor nutritivo com a mesma rapidez, sendo um indicativo de que os ciclos de pastejo devam ser mais acelerados.
Em sistema de ILPF com componente florestal, o sombreamento mais intenso afeta negativamente a produtividade da forrageira, entretanto, pode favorecer o valor nutritivo, com aumento no teor de proteína bruta e tendência de diminuição da fração fibrosa com consequente melhoria da digestibilidade da forragem, em comparação a sistema de ILP com o mesmo nível de uso de fertilizantes. A depender das condições do sistema de ILPF, a sombra das árvores pode acarretar em diminuição da perda de água por evaporação e também favorecer o crescimento da forrageira no período de transição águas-seca. Em função da maior disponibilidade de nutrientes no solo e do valor nutritivo da forrageira nesses sistemas, a composição do sal mineral a ser fornecido aos animais em pastejo poderá ser modificada (simplificada), e o consumo de sal mineral por animal poderá ser menor.
Capítulo: Desempenho das Forrageiras Tropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 242
Ano: 2015
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Em regiões com estação seca menos prolongada, a aplicação do herbicida dessecante deve ser realizada entre 15 e 30 dias antes da semeadura da lavoura, de acordo com a sensibilidade da forrageira utilizada. Esse tempo será necessário para a efetiva dessecação (morte) da forrageira, melhorando a plantabilidade da lavoura subsequente, sem riscos de atrasos ou necessidade de reaplicações. Para regiões com estação seca muito prolongada, em que as plantas forrageiras se apresentam com poucos tecidos verdes ou como feno em pé, ao final da estação seca, uma estratégia de manejo é a realização de um rebaixamento da pastagem, seja utilizando um pastejo intenso ou o corte mecanizado (roçada). Depois, aguarda-se a rebrotação da forrageira com as primeiras chuvas para, só então, realizar a aplicação de herbicida para a dessecação da pastagem. Após a aplicação, deve-se respeitar um intervalo de duas a quatro semanas para realização da semeadura da lavoura. Outra alternativa é a aplicação sequencial de herbicida, ou seja, faz-se a primeira aplicação, conforme descrito anteriormente, seguida de uma segunda aplicação, logo após a semeadura da lavoura. A dosagem de herbicida e o tempo necessário entre a aplicação e a morte das plantas são variáveis entre as forrageiras. Com relação à sensibilidade ao herbicida glifosato, as forrageiras podem ser classificadas em:
- Sensibilidade muito alta: milheto, U. ruziziensis, Aruana IZ-5 e BRS Paiaguás.
- Sensibilidade alta: sorgo, Decumbens; Andropógon e Tanzânia-1.
- Sensibilidade média: Marandú, Xaraés e BRS Piatã.
- Sensibilidade baixa: Mombaça.
Os capins com sensibilidade alta a muito alta demandam de 2 L/ha a 3 L/ha para sua dessecação, e os capins com média e baixa sensibilidade, de 4 L/ha a 5 L/ha. A condição adequada para semeadura da lavoura em sequência, em que mais de 70% da massa da pastagem encontra-se morta, é atingida, pelo primeiro grupo, em um período de 12 a 15 dias após a aplicação do herbicida e, para o segundo grupo, em 25 a 30 dias.
Capítulo: Desempenho das Forrageiras Tropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 245
Ano: 2015
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Dentre as culturas utilizadas em consórcios com forrageiras tropicais perenes em sistema de ILP e ILPF, o milho e o sorgo são as que apresentam maior viabilidade técnica e facilidade operacional para produção de silagem. A produção de silagem consorciada segue os mesmos princípios que a produção sem o capim; porém, na produção de silagem, as adubações devem ser maiores que para produção de grãos. Com o consórcio com capins, pode-se obter um incremento de até 30% na produtividade de silagem, com qualidade ligeiramente inferior quando comparada às silagens de milho e de sorgo em monocultivo. Além da produção de silagem, o capim poderá ser aproveitado posteriormente, como pasto e/ou como palhada para plantio direto. Para isso, recomenda-se que, no processo de colheita da silagem, o equipamento possa operar com uma altura de corte acima do primeiro entrenó do milho ou do sorgo, favorecendo a rebrotação do capim e adequado estabelecimento da pastagem. Forrageiras com maior potencial produtivo, como os capins Mombaça, Tanzânia-1 e Xaraés, exercem maior grau de competição sobre as culturas, proporcionando silagens com aumento na proporção de capim e com qualidade ligeiramente inferior quando comparadas às silagens produzidas com forrageiras de menor potencial produtivo, como os capins Massai, Marandú, BRS Piatã, BRS Paiaguás e Decumbens. Leguminosas, como o guandu, podem ser utilizadas em consórcio com milho ou sorgo, com ou sem capins, para a produção de silagem. No consórcio de milho com guandu BRS Mandarim, com a leguminosa semeada na entrelinha da cultura, a produtividade de silagem pode aumentar em 15% a 20%, com incrementos de 20% a 30% no teor de proteína da silagem; porém, maiores proporções da leguminosa no consórcio podem acarretar em redução na digestibilidade e na produtividade total de forragem. No caso de uso de capins em consórcio, principalmente as braquiárias, após o ciclo da leguminosa, estes capins podem ser utilizados para pastejo.
Capítulo: Desempenho das Forrageiras Tropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 249
Ano: 2015