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  • A adoção do sistema de ILP ocorre de forma expressiva principalmente em regiões de clima subtropical, onde o cultivo de forrageiras de inverno é possível em sucessão à soja e a outros cultivos de verão. Esse cenário ocorre principalmente nas regiões de várzea e coxilha com cultivo de arroz irrigado – Planalto Médio, Depressão Central e Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul, região Central e Oeste de Santa Catarina e Centro-Sul do Paraná.

    Já no contexto de ILPF, o cenário é mais restritivo, com área menos expressiva, atendendo a especificidades regionais. No sul do Paraná, o sistema de ILPF é adotado com atividade de pecuária leiteira, geralmente em pequenas propriedades. O mesmo contexto ocorre no Noroeste do Rio Grande do Sul, mas de forma pouco expressiva. Já na região Noroeste do Paraná, de clima tropical e solos arenosos, a adoção do sistema de ILPF está em expansão em sistemas integrados com a bovinocultura de corte.

    Ambos os sistemas, ILP e ILPF, têm grande potencial de expansão na região Sul do Brasil. O sistema de ILP tem maior potencial para adoção, em diferentes contextos. Atualmente mais de 50% das áreas de cultivo com soja e milho no verão não são usadas para compor sistemas de integração com animais no inverno, o que demonstra a grande possibilidade de expansão em diferentes ambientes. Os sistemas de ILPF com componente florestal também têm espaço para crescer significativamente, mesmo com restrições maiores de aplicação, sobretudo ligadas à restrição do mercado da madeira em algumas regiões. No contexto subtropical, o sistema de ILPF pode avançar muito em área, principalmente em sistemas integrados com a produção de leite, em que os benefícios de conforto térmico são altamente desejáveis. Nas regiões onde mais se cultivam espécies florestais, como na metade sul do Rio Grande do Sul, no planalto de Santa Catarina e região central do Paraná, o potencial de adoção é maior.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Sul

    Número da Pergunta: 158

    Ano: 2015

  • Não. A rotação de culturas constitui a alternância ordenada de diferentes culturas, em determinado espaço de tempo (ciclo), na mesma área e na mesma estação do ano. Em outras palavras, a rotação de culturas implica a variação de culturas dentro de uma mesma estação do ano (ex.: alternância entre milho e soja no verão). Assim, o uso contínuo e exclusivo de aveia e azevém (em cultivo solteiro ou consorciado) no inverno, seguido de soja no verão, não constitui um sistema de rotação, mas sim uma sucessão de culturas, e, dessa forma, deve ser evitado. É amplamente conhecido que a utilização de sistemas de sucessão em detrimento da rotação de culturas, mesmo em ILP, aumenta o risco de ocorrência de pragas, doenças e plantas daninhas resistentes a herbicidas, bem como conduz à degradação da estrutura física do solo e à redução da eficiência de utilização dos nutrientes. O conjunto dessas alterações impede que a soja e as forrageiras alcancem seu potencial máximo de produtividade.

    Resultados de pesquisa obtidos em experimentos de longa duração mostram que uma opção adequada de rotação de culturas consiste na alternância entre soja e milho no verão, em uma proporção de 75% e 25%, respectivamente. Ou seja, o milho seria cultivado uma vez a cada 4 anos. Por sua vez, o cultivo de milho de verão consorciado com forrageiras tropicais, como as braquiárias, melhora a qualidade do solo pela maior produção de palha e raízes da forrageira. Nesse caso, após a colheita do milho, as forrageiras podem ser utilizadas para pastejo em uma época de escassez. Além disso, durante o inverno, o cultivo de aveia-azevém para pastagem pode ser alternado com culturas para produção de grãos, como trigo, cevada e canola (Brassica napus), ou para cobertura do solo, como o nabo forrageiro (Raphanus sativus) e as ervilhacas (Vicia sativa e Vicia villosa), em pelo menos 25% da área de cultivo.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Sul

    Número da Pergunta: 159

    Ano: 2015

  • Em vários locais da região Sul do Brasil o uso de variedades precoces de culturas de verão pode ajudar no estabelecimento da pastagem de inverno em sucessão, antecipando a entrada dos animais na pastagem. Além dos benefícios que o menor ciclo proporciona à sanidade do cultivo de verão, que passa menos tempo exposto a insetos-praga e doenças, as temperaturas favoráveis do outono, antes da chegada do inverno, aceleram o estabelecimento do pasto.

    Ao fazer o planejamento da rotação de culturas, prática indispensável para a boa condução dos sistemas de ILPF, é interessante utilizar culturas que permitam maior penetração de luz no solo ao final do ciclo, como é o caso do milho. Isso antecipa o estabelecimento do pasto de inverno e a ocupação da pastagem, sobretudo quando se maneja para a ressemeadura natural das plantas forrageiras de inverno. É relevante avaliar, entre as variedades recomendadas para a sua região, aquelas que aliam precocidade, produtividade e estabilidade de produção.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Sul

    Número da Pergunta: 162

    Ano: 2015

  • As principais espécies forrageiras de inverno indicadas são aveia-preta, azevém e as leguminosas trevo-branco (Trifolium repens) e cornichão. Os cereais de inverno de duplo propósito (forragem e grãos) têm aumentado em importância principalmente de trigo cultivar BRS Tarumã, aveia-branca, centeio, triticale (X. Triticosecale) e cevada. Para o verão, são indicadas as gramíneas forrageiras perenes, como as braquiárias (U. brizantha cv. Marandú, Urochloa decumbens e U. ruziziensis) e os panicuns (P. maximum cvs. Aruana, Mombaça, Tanzânia). Entre as anuais de verão, são indicadas o milheto (Pennisetum americanum), o capim-sudão (Sorghum sudanense) e os sorgos forrageiros (Sorghum bicolor).

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Sul

    Número da Pergunta: 163

    Ano: 2015

  • Para ensilagem na região Sul, as principais opções são o milho e o sorgo durante o verão. Na estação fria, são indicados os cereais de inverno (aveia-branca, trigo, cevada, centeio e triticale), além de aveia-preta e azevém. O milho é a cultura preferencial por combinar as melhores características produtivas e de valor nutritivo. O sorgo, embora possa ter maior produtividade, em geral resulta em forragem de menor valor nutritivo. As espécies de verão são mais produtivas e podem render mais que o dobro, no que se refere à matéria seca acumulada, em relação às de inverno. As espécies de inverno, de maneira geral, resultam em silagens com maior concentração de proteína bruta (8% a 12% PB), enquanto as de milho situam-se entre 7% e 9% PB. Em relação aos nutrientes digestíveis totais (NDT), as espécies de inverno situam-se em 60%, enquanto a silagem de milho aproxima-se de 70%. O uso de gramíneas perenes tropicais geralmente resulta em silagem de baixa qualidade, pela menor concentração de energia e colheita da forragem com excesso de umidade.

    Quanto à fenação, são empregados principalmente a aveia-preta e o azevém, geralmente colhidos tardiamente, o que resulta em feno de baixo valor nutritivo.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Sul

    Número da Pergunta: 164

    Ano: 2015

  • A indicação ideal de manejo de pastejo é a mensuração da interceptação luminosa (IL) pela pastagem, e os animais devem entrar no pasto com IL de 95% a 100%. Entretanto essa avaliação requer um fotômetro, normalmente não disponível em campo. Assim, a altura do dossel forrageiro serve para indicar o período de entrada dos animais no método de pastejo intermitente (rotacionado) ou mesmo para ajustar carga animal no método de pastejo contínuo, visando propiciar maior acúmulo de forragem total e de lâminas foliares. As indicações de manejo e os resultados médios apresentados foram gerados sem restrições edafoclimáticas significativas.

    Quanto ao manejo de espécies anuais de inverno, como a aveia-preta e o azevém, em cultivos solteiros ou consorciados, indica-se o método de pastejo contínuo com ajuste de carga animal para manter as plantas com 20 cm a 30 cm de altura durante todo o ciclo de pastejo. Essa mesma altura serve como referência para a entrada dos animais na área para pastejo intermitente, e os animais devem ser retirados do piquete quando a altura de resteva atingir de 7 cm a 10 cm. Nesse caso, a carga animal instantânea deve ser alta o suficiente para que a forragem seja consumida em períodos curtos (1 a 3 dias). São necessários de 10 a 30 piquetes, para ciclos de pastejo de 30 dias aproximadamente. A capacidade de suporte é de 1,0 UA/ha a 2,0 UA/ha com ganho de peso por área de 200 kg/ha a 400 kg/ha. A cultura semeada em sucessão à pastagem anual normalmente é a soja no sistema de plantio direto, e é indispensável deixar na saída dos animais resíduo de forragem superior a 3,0 t/ha de matéria seca para proteção do solo e controle de plantas daninhas.

    Para espécies anuais de verão, como milheto e capim-sudão, no método de lotação contínua com taxa variável, deve ser mantida altura do pasto de 30 cm a 40 cm. No método de lotação intermitente, os pastejos devem ser realizados sempre que as plantas atingirem de 50 cm a 60 cm, retirando os animais da área com resíduo de 10 cm a 20 cm. O primeiro pastejo deve ser intenso, deixando-se um resíduo baixo, de 5 cm a 10 cm, para estimular o perfilhamento das plantas. A capacidade de suporte média é de 3,0 UA/ha a 5,0 UA/ha, com ganho por área de 400 kg/ha a 500 kg/ha. Para espécies de Panicum de porte alto, como o Mombaça, os animais devem entrar na pastagem com altura do pasto próxima a 80 cm e devem ser retirados com 30 cm a 50 cm. Entretanto, para espécies de Panicum de porte baixo, como a cultivar Aruana, indica-se a entrada dos animais com 40 cm a 60 cm e resíduo de 10 cm a 20 cm. A capacidade de suporte pode ser superior a 6,0 UA/ha, com ganhos de peso anuais superiores a 1.000 kg/ha; enquanto as braquiárias, como a cultivar Marandú, geralmente utilizadas em pastejo contínuo, suportam de 1,0 UA/ha a 3,0 UA/ha com ganhos de peso anual de 300 kg/ha a 600 kg/ha.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Sul

    Número da Pergunta: 165

    Ano: 2015

  • Na região Sul, tanto em grandes quanto em pequenas propriedades, os sistemas de integração de produção permitem a diversificação das atividades. Com isso, otimiza-se o uso da terra, das máquinas, dos insumos e da mão de obra, diluindo custos e riscos relacionados à atividade rural, além de aumentar a produção por área. Em termos econômicos, isso proporciona maior competitividade e estabilidade ao agronegócio.

    Em relação a aspectos agronômicos, a integração de atividades na mesma área permite utilizar diferentes espécies vegetais, o que possibilita o manejo mais racional de insetos-praga, doenças e plantas daninhas, reduzindo o aparecimento de resistência aos agrotóxicos. Sistemas de ILP e de ILPF bem conduzidos podem favorecer a conservação de solos e, consequentemente, a qualidade da água, além de proporcionar acúmulo de carbono no solo e biomassa vegetal (madeira), contribuindo para a redução dos gases de efeito estufa, principalmente o CO2. Sistemas compostos por várias espécies cultivadas ao mesmo tempo ou em sucessão podem auxiliar na conservação da biodiversidade, contribuindo assim para um agroecossistema mais sustentável ao longo do tempo. No entanto, é sempre necessário enfatizar que a diversificação de espécies cultivadas na propriedade é interessante, mas o produtor deve ser eficiente no manejo e na gestão de todas as atividades desenvolvidas, a fim de obter os ganhos econômicos e ambientais que os sistemas de integração podem conferir.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Sul

    Número da Pergunta: 167

    Ano: 2015

  • O consumo da fitomassa de espécies anuais de inverno por animais em pastejo não provoca falta de palha para as culturas de verão implantadas em sucessão, desde que a pastagem seja corretamente manejada. Um dos pontos a serem observados para que a cobertura do solo proporcionada por espécies forrageiras pastejadas seja satisfatória é o uso de alturas adequadas de manutenção da pastagem, como comentado anteriormente. Além disso, é importante que a retirada dos animais da área ocorra pelo menos uma semana antes da dessecação da pastagem, proporcionando assim tempo para que as forrageiras, especialmente o azevém, acumulem massa seca. A observação desses cuidados possibilita que, por ocasião da semeadura das culturas de verão, a quantidade de palha de aveia e azevém na superfície do solo seja equivalente a cerca de 3 t/ha a 4 t/ha, suficiente para uma adequada cobertura do solo até que a cultura subsequente feche as entrelinhas.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Sul

    Número da Pergunta: 169

    Ano: 2015

  • Inicialmente é importante frisar que, no momento da implan­tação das culturas de grãos, o pasto deve estar adequadamente dessecado, a fim de evitar possível interferência do pasto sobre as culturas semeadas em sucessão. O principal herbicida utilizado no Brasil para dessecações, seja de pastagens seja de outras plantas, é o glifosato, que é um herbicida não seletivo, sistêmico, que apresenta custo acessível e adequado funcionamento. Para pastagens de azevém resistentes a esse herbicida, muito comuns nos três estados do Sul do Brasil, geralmente são empregados herbicidas graminicidas ou dessecantes de contato para auxiliar na dessecação da pastagem. As doses dos produtos devem ser estabelecidas de acordo com os seguintes fatores: espécie a ser dessecada, estádio de desenvolvimento e condições do ambiente, sobretudo umidade no solo e temperatura. A indicação de dose consta na bula dos produtos.

    Quanto à época de dessecação em relação à semeadura das culturas graníferas, para pastagens anuais de inverno indica-se um período de 10 a 15 dias, e o mesmo período é indicado para dessecação de U. ruziziensis. Para U. brizantha, em geral, indica-se a dessecação de 20 a 30 dias antes da semeadura. Quanto maior a quantidade de fitomassa da pastagem a ser dessecada, maior deve ser o intervalo entre a dessecação e a semeadura. Para outras espécies forrageiras, há poucos dados sobre épocas de dessecação que propiciem alto aproveitamento da forragem e adequada condição para cultivo das espécies graníferas em sucessão.

    Capítulo: Práticas e Manejo de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a Região Sul

    Número da Pergunta: 170

    Ano: 2015