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A utilização da pastagem de boa qualidade por 6 a 9 meses antes do plantio das lavouras de grãos poderá produzir 8 arrobas/ha a 12 arrobas/ha de equivalente carcaça de carne, aumentando a rentabilidade da pecuária, como também proporcionar a adequação química e física do solo. A produção de palhada para o plantio direto reduz os riscos climáticos, aumentando a produtividade da soja em 3 sacas/ha a 12 sacas/ha em relação ao sistema tradicional, podendo obter lucro já no primeiro ano de cultivo.
Capítulo: Experiências com Pecuária de Corte em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 321
Ano: 2015
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De modo geral, há redução na ocorrência de ecto e endoparasitas, pois, com cultivos e reestabelecimento da pastagem, o ciclo de vida dos parasitas é quebrado. Entretanto, são necessários estudos complementares para uma avaliação do real efeito desses sistemas sobre os ecto e endoparasitas.
Capítulo: Experiências com Pecuária de Corte em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 324
Ano: 2015
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Se o pastejo e manejo da pastagem forem adequados, a compactação será mínima ou inexistente. Para forrageiras dos gêneros Panicum e Urochloa, mais comumente utilizadas em sistema de ILP ou ILPF, o pastejo deve ser realizado sempre respeitando as alturas de entrada e saída dos animais, implicando em boa produtividade animal, boa cobertura e proteção do solo, além de boas condições de palhada para o plantio direto, com consequente aporte de matéria orgânica no solo. Em áreas com superpastejo, condição que deve ser evitada, haverá alguma compactação do solo. Para a região Sul, onde são utilizadas forrageiras de clima frio, como azevém, aveia e trevos, o controle do pastejo requer atenção especial, pois essas forrageiras são mais tenras e frágeis, e qualquer descontrole do pastejo pode implicar em danos ao solo.
Capítulo: Experiências com Pecuária de Corte em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 326
Ano: 2015
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As atividades agropecuárias geram emissões diretas e indiretas de GEE por diversos processos, tais como: fermentação entérica dos alimentos nos herbívoros ruminantes (metano), na decomposição de dejetos de animais (metano e óxido nitroso); degradação da matéria orgânica do solo (MOS) ocasionada pelo preparo convencional do solo (CO2 ou dióxido de carbono); decomposição da celulose em condições anaeróbias, como no cultivo de arroz inundado (metano), durante a liberação de carbono proveniente da queima de resíduos agrícolas (dióxido de carbono, metano, óxido nitroso, entre outros); emissão de CO2 e óxido nitroso em solos pelo uso de corretivos e por meio da desnitrificação de fertilizantes nitrogenados; queima pelo consumo de combustíveis fósseis (dióxido de carbono) na produção e no transporte de produtos agrícolas e utilização de insumos que para sua produção demandam consumo de energia na industrialização (fertilizantes, herbicidas, fungicidas). Mudanças no uso da terra também podem ser importantes fontes de emissões de GEE e estão relacionadas também ao setor agropecuário.
Capítulo: Potencial de Mitigação da Emissão de Gases de Efeito Estufa por Meio da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 357
Ano: 2015
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A mudança do clima poderá mudar a situação atual ou a geografia da produção agrícola no Brasil e no mundo. Em outras palavras, pode ocorrer diminuição de regiões aptas para a agricultura e a pecuária ou aumento da aptidão de regiões hoje inaptas. Portanto, pode-se afirmar que existe uma sensível ligação entre as condições climáticas e a viabilidade da produção agropecuária, e dessas com as concentrações atmosféricas de gases de efeito estufa.
Capítulo: Potencial de Mitigação da Emissão de Gases de Efeito Estufa por Meio da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 356
Ano: 2015
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Se as demais condições que são necessárias para o bem-estar animal estiverem satisfeitas, a proteção das árvores em relação ao estresse térmico vai influenciar positivamente na produtividade das vacas de leite. Vacas que dispõem de acesso à sombra, no verão, podem produzir, em geral, 25% a mais de leite que suas companheiras mantidas ao sol durante as horas mais quentes do dia.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 349
Ano: 2015
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De modo geral, considera-se que a zona de conforto para ovinos situa-se entre 15 °C e 30 °C, mas pode ser modificada dependendo da idade, nutrição, exposição ao vento, umidade, cobertura de lã, raça e aclimatação. Do mesmo modo que para bovinos, a presença de árvores nos sistemas de produção para ovinos pode favorecer a produção de lã, carne, leite e cordeiros.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 350
Ano: 2015
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A proteção dos animais da incidência direta de raios solares pode ter um papel importante na melhoria do bem-estar de ovinos, principalmente em relação à fotossensibilização. As gramíneas forrageiras tropicais mais frequentemente utilizadas na formação de pastagens para ovinos são espécies e cultivares de Urochloa spp. (syn. Brachiaria spp.), Cynodon spp., Paspalum spp., Pennisetum spp., Chloris gayana, Cenchrus ciliaris (buffel), Digitaria decumbens e Panicum maximum. Já foram relatados problemas de fotossensibilização em ovinos pastejando Urochloa decumbens e U. ruziziensis. As classes mais afetadas são as ovelhas paridas e animais jovens mantidos exclusivamente em pastagem de Urochloa spp. Para contornar parcialmente o problema de fotossensibilização dos animais em áreas de U. decumbens, foi sugerido o pastejo noturno e maior rebaixamento das plantas, criando condições desfavoráveis ao desenvolvimento da doença. Assim, a introdução de árvores, com oferta de sombra, nos sistemas de produção de ovinos, pode contribuir para minimizar o problema.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 351
Ano: 2015
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São gases atmosféricos que têm a capacidade de reter o calor na atmosfera terrestre. Os principais GEE são: dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), clorofluorcarbonos (CFCs), hidrofluorcarbonos (HFCs), perfluorcarbonos (PFCs) e hexafluoreto de enxofre (SF6). O potencial de aquecimento de cada um desses gases é comparado ao do CO2. Por exemplo, uma molécula de metano tem um poder de aquecimento 25 vezes maior que o CO2. Já o óxido nitroso, 310 vezes. Existem debates científicos quanto à métrica a ser usada para a determinação do CO2 equivalente. Mas, por enquanto, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) adota o potencial de aquecimento global (PAG) – em inglês, global warming potential (GWP) –, que estará valendo até 2020.
Capítulo: Potencial de Mitigação da Emissão de Gases de Efeito Estufa por Meio da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 353
Ano: 2015
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A agricultura e a pecuária são dependentes das condições climáticas, uma vez que são atividades desenvolvidas em ambientes naturais abertos e transformados para produção (agroecossistemas), onde existe cultivo de plantas e criação de animais com exposição direta a elementos meteorológicos (luz, temperatura, umidade, precipitação, ventos, gases atmosféricos, pressão atmosférica). Portanto, a mudança do clima pode afetar a produção agropecuária e trazer consequências imprevisíveis para este setor, em decorrência dos seguintes fatores: aumento na concentração de CO2 (alterando a fotossíntese e o crescimento de plantas); maior consumo de água pelas plantas e animais; aumento da temperatura do ar e do solo; aumento da evapotranspiração (esvaziando o reservatório do solo); redução do ciclo de culturas; aumento das taxas respiratórias de plantas e animais com aumento do gasto energético e redução da produtividade; estresse térmico; redução da fertilidade; mudança na dinâmica de pragas e doenças; atrasos no plantio e perda de calendários agrícolas pelas secas prolongadas; falhas na germinação/emergência e no estabelecimento de lavouras pela falta de chuvas; deficit hídrico nas fases vegetativas e reprodutivas com comprometimento na produtividade vegetal; chuvas mais intensas, mais frequentes e/ou erosivas e maior ocorrência de erosão; encharcamento excessivo do solo; alteração das propriedades dos solos de forma que se tornem menos produtivos; aumento da infestação de plantas daninhas; chuvas excessivas na colheita; aumento na mortandade de aves; abortamento em porcas; redução da produção de leite por causa das fortes ondas de calor, entre outros.
Capítulo: Potencial de Mitigação da Emissão de Gases de Efeito Estufa por Meio da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 355
Ano: 2015
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Sim. Pode-se considerar que o manejo mecânico ou o preparo convencional do solo promovem emissão de CO2 quando as perdas por mineralização ou oxidação da matéria orgânica do solo (MOS) são maiores do que as adições na forma de resíduos vegetais (palhada). Esse processo ocorre com a ruptura dos agregados e a consequente exposição da MOS. Em decorrência disso, ocorre um aumento na oxigenação e na atividade de microrganismos do solo, resultando em maior taxa de decomposição da MOS e emissão de CO2 para a atmosfera.
Capítulo: Potencial de Mitigação da Emissão de Gases de Efeito Estufa por Meio da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 358
Ano: 2015
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As pastagens em rotação no sistema ILP ou ILPF, quando bem manejadas e com adubação de manutenção, mantêm seu potencial produtivo, e podem garantir fertilidade no solo próxima, ou suficiente, aos níveis requeridos para a implantação da cultura anual que virá em seguida. Esse procedimento reduz os custos. Pastagens bem manejadas, com lotação adequada e adubação de manutenção, também produzem sistemas radiculares que melhoram as propriedades físicas e biológicas do solo. Isso favorece a cultura que vem a seguir no sistema de rotação em ILP ou ILPF.
Capítulo: Potencial para Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para Recuperação de Pastagens Degradadas
Número da Pergunta: 394
Ano: 2015
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Sempre que possível o SPD deve ser utilizado para o estabelecimento da cultura em uma pastagem degradada. A questão determinante, no entanto, é o grau de degradação da pastagem, e qual tipo de intervenção que precisa ser realizada. Estágios avançados de degradação requerem ações mais drásticas, para remover cupins, tocos, brotação, estabelecer práticas de conservação do solo. Nessa situação, o SPD precisa ser postergado para as etapas posteriores de um sistema de rotação.
Capítulo: Potencial para Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para Recuperação de Pastagens Degradadas
Número da Pergunta: 395
Ano: 2015
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As causas da erosão em pastagens são várias, mas a principal é a baixa cobertura do solo pela forrageira. O pastejo intensivo, com lotação superior ao suportado, acarreta a compactação dos vazios entre touceiras e diminuição das taxas de infiltração de água no solo; isso pode dar início a um processo de erosão laminar, com perdas superficiais de solo e nutrientes. Essa situação se agrava em solos argilosos e com alguma declividade. A erosão pode ser bastante sutil e pouco perceptível, contudo, após chuvas torrenciais e enxurradas, é possível percebê-la. A presença de rios escuros também pode denunciar a situação. Pastagens são excelentes mecanismos de proteção do solo, mas somente se estiverem com cobertura vegetal adequada. Os sistemas de ILP e ILPF devem seguir as mesmas regras gerais de conservação de solo: presença de terraços, onde necessários; uso de SPD e existência de boa cobertura vegetal.
Capítulo: Potencial para Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para Recuperação de Pastagens Degradadas
Número da Pergunta: 397
Ano: 2015
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Sistemas de produção de bovinos de corte, com bom gerenciamento, podem resultar em bom resultado econômico. Todavia, a inclusão dos componentes agrícola e/ou florestal pode resultar em maior receita, aliado a uma diversificação na possibilidade de renda. Como o principal foco do sistema de ILP e ILPF é recuperar pastagens degradas, os benefícios em termos de receita são expressivos. Em se tratando de pastagens degradadas com sistema de ILPF, sempre teremos maior investimento como também uma maior rentabilidade, como descrito abaixo:
Sistema de ILP: a produtividade média em pastagens degradadas é de aproximadamente 4 arrobas/ha em equivalente carcaça, proporcionando lucro de R$ 50,00/ha/ano a R$ 100,00/ha/ano, e em alguns sistemas de produção pode ocorrer saldo negativo. Em pastagens recuperadas por meio de sistema de ILP, a produtividade média de carne no sistema de recria e terminação de animais pode ser de 15 arrobas/ha/ano a 30 arrobas/ha/ano de equivalente carcaça, nos 2 primeiros anos de pastejo após a retirada da lavoura de grãos. Nesse cenário, a rentabilidade com os animais pode proporcionar lucro de R$ 1.200,00/ha/ano a R$ 1.600,00/ha/ano, além do lucro proporcionado pela lavoura que, no caso da cultura da soja, fica entre 5 sacas/ha e 15 sacas/ha.
Sistema de ILPF: ao utilizar o sistema de ILPF com população de 357 árvores/ha em um ciclo de 12 anos, com aplicação anual da adubação de manutenção das pastagens, é possível alcançar, no sistema de recria e terminação de animais, produtividade média de 15 arrobas/ha de carne. Nesse contexto, a lucratividade com os animais gira em torno de R$ 500,00/ha/ano a R$ 750,00/ha/ano. No oitavo ano do ciclo, com a realização do desbaste, estima-se uma produção de 70 m3 a 80 m3 de madeira a ser comercializada para produção de carvão, lenha ou outra finalidade ao alcance da propriedade. Ao final do ciclo (12º ano), estima-se que haverá aproximadamente de 80 m3 a 100 m3 de madeira para serraria, que possui maior valor.
Capítulo: Experiências com Pecuária de Corte em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 317
Ano: 2015
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O grande gargalo da implantação de sistema de ILPF em propriedades pecuárias é o tempo necessário para o componente arbóreo atingir o tamanho mínimo para suportar a presença do bovino na área. No intuito de contornar esse problema, opta-se por espécies arbóreas que apresentam rápido crescimento inicial, possibilitando o pastejo o quanto antes. Levando-se em consideração esse aspecto, tem-se dado ênfase ao uso de materiais genéticos de eucalipto. As espécies nativas também podem ser utilizadas no sistema, o grande impasse é o tempo necessário para atingirem o tamanho mínimo para suportar os bovinos. Para a escolha da espécie mais indicada para a propriedade, o agricultor/pecuarista deve procurar auxílio de um técnico com conhecimento do sistema.
Capítulo: Experiências com Pecuária de Corte em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 319
Ano: 2015
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O conforto térmico é influenciado pela ação combinada da temperatura do ar, da velocidade do vento, da umidade do ar e da radiação solar que incide diretamente na pele do animal. Em condições tropicais e subtropicais, a árvore atenua, ou até mesmo elimina, a incidência da radiação solar direta, diminuindo a temperatura do ar. Isso resulta em menores temperaturas no sistema e reduz em até 30% a carga de calor radiante sobre o animal. Além disso, o resfriamento do ar pela umidade que evapora das folhas (evapotranspiração) faz com que a temperatura sob a copa das árvores seja de 2 °C a 4 °C menor que sob céu aberto, podendo chegar até 9 °C de diferença, a depender da espécie vegetal. As árvores também atuam como quebra-ventos e regulam a velocidade dos ventos. Isso também influencia no conforto térmico do animal, pois, em condições de baixa velocidade dos ventos, o animal não consegue perder calor para o ambiente. É o chamado "ar abafado", que não deixa o suor secar. Por outro lado, em condições de vento muito forte, ocorre excesso de perda de calor pelo corpo do animal, que pode ocasionar a sensação de frio.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 336
Ano: 2015
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O melhor tipo de árvore é aquele que apresente características que favoreçam o bem-estar animal a campo:
- Não ter efeitos tóxicos para o animal, caso o animal venha a comer ramos, folhas, casca e/ou frutos.
- Não produzir efeitos alelopáticos sobre as pastagens.
- Não apresentar raízes expostas na superfície do solo, pois o piso fica desconfortável para a acomodação do gado sob a copa da árvore.
- Produzir frutos pequenos (menores do que 5 cm de diâmetro), já que frutos maiores podem engasgar o animal.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 344
Ano: 2015
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Em pastagens adequadamente arborizadas, a cobertura de copa das árvores deve estar entre 10% e 40%, para não comprometer a produção da pastagem, e dependerá muito da densidade e altura de inserção da copa. Ainda não há consenso na literatura em relação à quantidade de sombreamento da pastagem que é recomendada. É provável que, na região Norte do país, a cobertura de copa possa ser maior do que nos estados do Sul e Sudeste, mas fatores como, características morfológicas das espécies utilizadas e altura de desrama podem também influenciar a taxa de cobertura aceitável. Na prática, consegue-se fazer desrama até 6 m ou 7 m de altura, caso seja realizada por pessoa no piso do sistema. Com auxílio de grua ou escada, pode-se chegar a alturas maiores. Em ambos os casos, aumenta-se consideravelmente a entrada de luz no sistema, especialmente em se tratando de linha simples. Em suma, se considerarmos 30% de sombreamento, em 1 ha, a área diretamente embaixo das copas das árvores deverá ser entorno de 3.000 m2, quantidade suficiente para abrigar, sem disputa por sombra, os animais também. Para saber quanto há de área coberta pelas copas das árvores, é necessário medir o terreno que fica exatamente debaixo da copa da árvore.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 346
Ano: 2015
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O acúmulo de matéria orgânica do solo no sistema de plantio direto (SPD) e nos sistemas de integração, como a integração lavoura-pecuária (ILP) e o sistema de ILPF, bem como o seu potencial para a remoção de CO2, já foram comprovados por vários trabalhos de pesquisa nas diferentes regiões e biomas brasileiros. Solos manejados sob SPD e sistemas integrados passam da condição de fonte de CO2 rumo à atmosfera para a condição de dreno ou assimilação de CO2 para o solo e biomassa. Porém, para que as taxas de sequestro de CO2 sejam elevadas, faz-se necessário associar o SPD e os sistemas integrados com rotação de culturas e culturas de cobertura, como aveia-preta (Avena strigosa Schreb.) nas regiões subtropicais e o milheto (Pennisetum americanum L.) e as braquiárias (Urochloa decumbens syn. Brachiaria decumbens, Urochloa brizantha cv. Marandú, Urochloa humidicola e Urochloa ruziziensis) na região tropical. A utilização de leguminosas é importante para melhorar o balanço de nitrogênio no agroecossistema e incrementar o sequestro de CO2 no solo, pois as dinâmicas do carbono e do nitrogênio estão intimamente associadas. Portanto, incrementar a fixação biológica de nitrogênio (FBN) por meio do uso de leguminosas é uma importante estratégia de manejo.
A adoção do SPD e dos sistemas de integração, com a produção adequada de resíduos vegetais sobre a superfície do solo, além de armazenar carbono no solo, melhorando a infiltração de água das chuvas, a permeabilidade do solo e sua capacidade de armazenar água disponível (essencial para explorar o potencial de produção dos cultivos), ainda reflete radiação solar de ondas curtas (evita que gerem calor; isso porque a palhada com sua coloração mais clara possui refletividade maior, albedo maior); mantém uma temperatura estabilizada do solo, evitando picos de calor que podem reduzir a eficiência das raízes em absorver água e nutrientes; reduz as perdas de água do solo por evaporação e transpiração, o que resulta, por exemplo, em maior tolerância a veranicos e menor necessidade de irrigação, com economia de 30% a 50% na necessidade de água e de energia.
Capítulo: Potencial de Mitigação da Emissão de Gases de Efeito Estufa por Meio da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 362
Ano: 2015