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  • Serão similares ao do sistema de ILP, acrescidos de critérios para escolha e manejo do componente florestal, bem como da avaliação e do acompanhamento dos efeitos das árvores sobre as plantas forrageiras. O efeito mais crítico é o do sombreamento das árvores sobre a pastagem e da eventual competição por água, especialmente com o passar do tempo, nos sistemas mais adensados, em que a forrageira apresentará menor velocidade de crescimento. Logo, haverá a necessidade de adequar o manejo do pastejo (período de descanso, altura do pastejo, taxa de lotação) de acordo com a produtividade da forrageira e/ou adotar práticas de manejo no componente florestal. Algumas questões são importantes quando se pensa em estabelecer sistemas consorciados com lavouras, forrageiras e árvores. O primeiro ponto se refere à necessidade de se estabelecer um bom planejamento do sistema, quanto ao arranjo e à densidade de árvores. Para pecuaristas, que têm como prioridade o bom desempenho dos animais ao longo dos anos, deve-se dar preferência para menores densidades de árvores (200 a 250 árvores por hectare), em sistemas de linhas simples, com vistas a se permitir elevada incidência de luz para o pasto durante os anos de cultivo. Para maiores densidades, devem-se planejar desbastes de parte das árvores entre o quarto e o sexto anos de plantio. Reposição de nutrientes ao solo, por meio de adubações, deve ser priorizada, com base em análise de solo.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Tropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 234

    Ano: 2015

  • A escolha do método de pastejo vai depender da forrageira a ser utilizada. As braquiárias (Marandú, BRS Piatã, Xaraés, BRS Paiaguás) podem ser manejadas tanto sob pastejo contínuo quanto sob pastejo rotacionado. No entanto, para a utilização mais eficiente e para a produção de forragem de melhor valor nutritivo, recomenda-se o pastejo rotacionado para as cultivares de Panicum maximum (Massai, Mombaça, Tanzânia-1, BRS Zuri). No pastejo rotacionado, há maior controle sobre animais e pastagem, proporcionando maior eficiência de uso da forragem produzida. Contudo, o pastejo contínuo pode ser vantajoso em pastagens de curta duração, em que a construção de cercas torna-se onerosa; além disso, esse método permite maior desempenho individual, sendo adequado quando se deseja maior ganho por cabeça, como na fase de engorda.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Tropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 240

    Ano: 2015

  • O uso intensivo, além da capacidade de suporte da pastagem, acarreta em prejuízo ao crescimento da forrageira (tanto da parte aérea como das raízes), tendo como consequência uma cobertura do solo inadequada pela pastagem e posterior quantidade inadequada de palhada para o SPD. Quando o crescimento de raízes é prejudicado, pode ocorrer compactação do solo, redução da infiltração de água e o início do processo de erosão, comprometendo a sucessão de culturas. Além disso, há prejuízo no desempenho individual dos animais e pode comprometer o cronograma de rotação de lavoura-pastagem. Geralmente, em sistema de ILP, a biomassa de forragem não deve ser inferior a 2.000 kg/ha durante o período de pastejo, e, por isso, o acompanhamento da condição da pastagem é fundamental. Os animais são retirados da pastagem entre 30 e 60 dias antes da semeadura da lavoura em sucessão, para permitir uma quantidade de palhada adequada para o SPD, acima de 4.000 kg/ha.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Tropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 251

    Ano: 2015

  • Na última década, a época de semeadura da soja foi ante­cipada em um mês, passando a ser realizada em meados de outubro, ou seja, no início da estação chuvosa. Como é necessária a retirada dos animais de 25 a 40 dias antes da semeadura da soja, para que ocorra rebrota e morte do capim, após a dessecação, as pastagens passaram a ser vedadas mais cedo, no início do mês de setembro, época em que ainda há baixa disponibilidade de forragem. Portanto, é necessário fazer adequações para esse período, antecipando a venda de animais, ou prevendo o fornecimento de forragem conservada e/ou ração concentrada. Por outro lado, com a antecipação da semeadura e com o uso de cultivares de soja superprecoces, as áreas de lavoura são liberadas mais cedo para formação da pastagem, e o primeiro pastejo pode ser realizado no final de março a início de abril, no sistema de boi safrinha.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Tropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 252

    Ano: 2015

  • O conceito de tolerância ao sombreamento para forrageiras em sistema de IPF aplica-se para aquelas espécies que mantêm um potencial de crescimento à sombra semelhante ao observado a pleno sol. Isso não significa dizer qualquer nível de sombra. Quando se menciona forrageiras tolerantes à sombra, significa incluir aquelas espécies que crescem satisfatoriamente em níveis de sombreamento intermediário ou moderado (sombreamento igual ou inferior a 50% daquele observado em sol pleno). Abaixo desse nível de luminosidade, o crescimento das forrageiras não é suficiente para um bom desempenho animal. Portanto, não existem forrageiras totalmente tolerantes a sombreamento intenso, e, por isso, o sistema de IPF necessita de espaçamentos entre as linhas das árvores bem superiores àqueles usados em florestas comerciais.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 261

    Ano: 2015

  • O estabelecimento da pastagem deve ser priorizado no primeiro e segundo anos em um sistema de IPF, quando há pouco sombreamento entre as linhas de árvores, pois a germinação e emergência de sementes e o pegamento de mudas forrageiras são normalmente afetados pelo sombreamento. Os principais problemas de produção e persistência da pastagem observados em sistema de IPF em condições de propriedade rural ocorrem por má formação durante essa fase, principalmente por causa da baixa densidade de plantas forrageiras. Uma alternativa também é estabelecer a pastagem no ano anterior ao plantio das árvores. Nesse caso, depois de garantida a boa formação da pastagem, basta realizar o cultivo mínimo (preparo apenas da linha de plantio) para o estabelecimento das mudas de árvores. Deve-se sempre seguir as recomendações de calagem e adubação de um engenheiro-agrônomo para o estabelecimento da pastagem e das árvores. Ambos precisam ser fertilizados anualmente. Sempre que possível, o preparo convencional do solo (uso de arado e grade sucessivamente) deve ser evitado para que não ocorra a degradação do solo e que se estimule a emergência de plantas invasoras na pastagem e nas linhas das árvores.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 264

    Ano: 2015

  • O principal modulador da produtividade da forrageira é a fertilidade do solo que passa por melhorias imediatas ou gradativas em sistema de ILP e ILPF visando atender às exigências dos cultivos anuais em rotação. De modo geral, o residual de fertilidade das lavouras e as adubações de manutenção promovem um aumento no patamar de produtividade das pastagens em sistemas integrados em comparação com sistemas convencionais com menor uso de insumos. Além disso, com a adoção de sistemas integrados, normalmente, são agregados ganhos no manejo do sistema de produção que também contribuirão para a elevação do patamar de produtividade. Além da perspectiva de maior produtividade anual nesses sistemas, ocorre também uma melhor distribuição de forragem no período de outono-inverno, sobretudo no primeiro ano de uso da pastagem. No âmbito da propriedade, a produtividade média das pastagens dependerá da proporção de pastos mais jovens provenientes de áreas subsequentes a lavouras ou de áreas renovadas/recuperadas com sistema de ILP e ILPF, possibilitando aliviar a taxa de lotação das pastagens mais velhas durante a época seca, de maior restrição de forragem.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Tropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 239

    Ano: 2015

  • Porque, nesses sistemas, as plantas forrageiras terão maior disponibilidade de nutrientes para seu crescimento, com conse­quente efeito positivo em sua composição químico-bromatológica. Quando em sequência a lavouras, principalmente no primeiro ano, a qualidade da forrageira será superior, inclusive na época de transição águas-seca e na seca. Mesmo assim, nesses sistemas é preciso maior atenção com o manejo do pastejo, porque, toda vez que uma planta cresce mais rápido, também perderá o seu valor nutritivo com a mesma rapidez, sendo um indicativo de que os ciclos de pastejo devam ser mais acelerados.

    Em sistema de ILPF com componente florestal, o sombrea­mento mais intenso afeta negativamente a produtividade da forra­geira, entretanto, pode favorecer o valor nutritivo, com aumento no teor de proteína bruta e tendência de diminuição da fração fibrosa com consequente melhoria da digestibilidade da forragem, em comparação a sistema de ILP com o mesmo nível de uso de fertilizantes. A depender das condições do sistema de ILPF, a sombra das árvores pode acarretar em diminuição da perda de água por evaporação e também favorecer o crescimento da forrageira no período de transição águas-seca. Em função da maior disponibilidade de nutrientes no solo e do valor nutritivo da forrageira nesses siste­mas, a composição do sal mineral a ser fornecido aos animais em pastejo poderá ser modificada (simplificada), e o consumo de sal mineral por animal poderá ser menor.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Tropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 242

    Ano: 2015

  • De maneira geral, as forrageiras tropicais são mais sensíveis ao sombreamento na fase de estabelecimento do que na fase produtiva. Porém, é possível a implantação de capins em sistema de ILPF com o componente arbóreo já estabelecido desde que o sombreamento não seja muito intenso (maior que 50%), pois as sementes das forrageiras necessitam de luz para serem estimuladas a germinar. Também, a intensidade de luz é determinante no processo de perfilhamento das plantas que emergirem; assim, a baixa intensidade de luz no dossel acarreta em dificuldade para a formação de touceiras e cobertura do solo pela forrageira. Desse modo, havendo a necessidade de implantação de capins nessas circunstâncias, devem-se buscar alternativas para redução do sombreamento da área a ser formada, seja pelo desbaste de árvores da área ou pela realização de uma desrama drástica no momento da implantação do capim, bem como com o aumento na taxa de semeadura do capim.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Tropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 255

    Ano: 2015

  • As principais espécies forrageiras de inverno indicadas para comporem sistema de ILP em regiões subtropicais são: aveia preta (Avena strigosa), azevém (Lolium multiflorum), as leguminosas anuais como a ervilhaca (Vicia spp.) e o trevo vesiculoso (Trifolium vesiculosum), e as leguminosas perenes como o trevo branco (Trifolium repens) e cornichão (Lotus corniculatus). Os cereais de inverno de duplo propósito (forragem e grãos) como o trigo (Triticum aestivum), a aveia branca (Avena sativa), o centeio (Secale cereale), o triticale (x Triticosecale) e a cevada (Hordeum vulgare) têm aumentado a participação.

    Para o verão, são indicadas as gramíneas forrageiras perenes como as braquiárias, principalmente a brizanta (Urochloa brizantha syn. Brachiaria brizantha cv. Marandú), e os panicuns (Panicum maximum cvs. Aruana e Mombaça). Entre as anuais de verão, são indicadas o milheto (Pennisetum americanum), o capim sudão (Sorghum bicolor ssp. sudanense) e os sorgos forrageiros (Sorghum bicolor).

    De maneira geral, são registradas produtividades médias de matéria seca nas espécies de inverno de 4 t/ha a 8 t/ha, e, nas de verão, são comuns registros de 10 t/ha a 15 t/ha, podendo ultrapassar 20 t/ha, em áreas sem restrições hídricas e de fertilidade.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 256

    Ano: 2015

  • Nos primeiros anos de um sistema de IPF, enquanto a altura das mudas ainda não permite a introdução de animais na área, é possível aproveitar a pastagem da seguinte forma: produção de forragem conservada (corte para produção de feno e silagem de pastagem) e produção de sementes forrageiras. Uma alternativa também é proteger as mudas com cerca elétrica instalada dos dois lados da linha de plantio, e adotando um pastejo em faixas e rotacionado no sistema.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 266

    Ano: 2015

  • A mesma consideração para a calagem poderá ser seguida em relação às adubações de plantio e de cobertura. Como a forrageira utilizada para o pastejo será semeada no mesmo dia do milho, por exemplo, a sua necessidade de nutriente será sanada pela adubação de plantio e cobertura do milho. Após a colheita do milho para a silagem (será cortado tanto o milho, quanto a forrageira utilizada), deverá ser realizada uma adubação de cobertura na pastagem aproximadamente 30 dias após o corte para a ensilagem.

    A adubação do componente florestal deve ser feita seguindo a orientação para a adubação da espécie arbórea selecionada (seguindo o manual de recomendação para a cultura, com base no resultado de análise do solo). É importante lembrar que o adubo recomendado deverá ser colocado no fundo da cova ou no fundo do sulco de plantio das árvores, para evitar danos causados pelo efeito salino nas raízes da muda. Após a retirada do milho ou do sorgo que foram ensilados ou mesmo colhido para grãos, para serem comercializados ou servirem como matéria-prima na formulação de ração para os animais na própria fazenda, deve-se adubar a pastagem que foi estabelecida juntamente com a lavoura e o componente florestal.

    Capítulo: Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta como Alternativa de Manejo Sustentável para a Produção de Leite

    Número da Pergunta: 294

    Ano: 2015

  • Se a pastagem for dessecada a cada ano para novo plantio de uma cultura, para ser ensilada ou para colheita de grão (lavoura), a quantidade de adubo de cobertura a ser utilizado deverá ser proporcional ao tempo de permanência dessa pastagem na área. Caso não seja feito anualmente novo plantio da lavoura, a quantidade de adubo de cobertura a ser aplicado deverá considerar o intervalo de 1 ano, sempre com base nos resultados de análise de solo e na resposta da forrageira utilizada para pastejo. Normalmente, são aplicados em cobertura o nitrogênio, o fósforo e o potássio; mas, dependendo dos resultados de análise de solo, a reposição de alguns desses nutrientes pode não ser necessária, pelo fato de o solo apresentar valores acima do nível crítico.

    É importante destacar que, em cada adubação de cobertura, o solo tem que estar úmido, além de estar prevista chuva na época da adubação, ou for possível e recomendada a utilização de água via irrigação. A Embrapa Gado de Leite recomenda como adubação de cobertura em pastagens de Urochloa brizantha ou Panicum maximum, espécies muito utilizadas em sistema de ILPF, 1.000 kg/ha/ano da fórmula 20:05:20, correspondendo à aplicação de 200 kg/ha/ano de nitrogênio, 50 kg/ha/ano de P2O5 e 200 kg/ha/ano de K2O. Essa recomendação anual de adubação de cobertura deverá ser fracionada em três aplicações anuais, no início, meio e final da época chuvosa. É importante salientar que poderá ser alterada a formulação do adubo, dependendo dos resultados de análise do solo e da cultura a ser utilizada; além disso, mudanças poderão ocorrer em áreas irrigadas. Desse modo, a assistência técnica é indicada para auxiliar na recomendação de calagem e adubação do solo.

    Capítulo: Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta como Alternativa de Manejo Sustentável para a Produção de Leite

    Número da Pergunta: 296

    Ano: 2015

  • O controle manual, com enxadão ou foice, é pouco eficiente e caro, considerando a necessidade de mão de obra. Entretanto, no caso de áreas menores, torna-se importante o controle de plantas daninhas concentradas em reboleiras. A adoção dessa prática deve ser feita antes da floração e frutificação das plantas daninhas, evitando que as sementes se espalhem. É imprescindível a utilização de variados métodos para o controle de focos de plantas daninhas (catação manual, aplicação localizada de herbicidas, etc.).

    Capítulo: Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta como Alternativa de Manejo Sustentável para a Produção de Leite

    Número da Pergunta: 297

    Ano: 2015

  • Sabe-se que as adubações devem ser realizadas nas culturas, e que as forrageiras vão utilizar os resíduos delas quando as culturas forem colhidas. O primeiro aspecto que deverá ser mencionado é que a retirada de nutrientes das culturas é muito maior do que a retirada pelas forrageiras, pelo produto animal. Por outro lado, os animais são catalizadores na ciclagem de nutrientes, via fezes e urina, e melhoram a estruturação do solo por meio da matéria orgânica. Deve ser destacada também a grande incorporação de matéria orgânica ao solo via sistema radicular das forrageiras, principalmente as de inverno. Então, durante a fase pastagem, haverá maior ciclagem de nutrientes e menor retirada, o que tem levado a pesquisa a resultados bastante satisfatórios de adubações nessa fase e redução de adubos colocados no momento da semeadura das culturas em sucessão. Além de reduções de custos das lavouras, o tempo gasto na semeadura é menor, pois as máquinas poderão ter mais autonomia, considerando diminuições de paradas para abastecimento de adubos. Entretanto, é importante mencionar que essas tecnologias deverão ser implantadas de forma escalonada e contínua. Não é possível, num solo pobre, serem esperados efeitos positivos nos primeiros anos do sistema de ILP; é necessário que as práticas ou os processos sejam gradativamente utilizados. Chegará o momento, quando a qualidade do solo melhorar, em que as fertilizações passam ser de sistemas e não de atividades isoladas, ou seja, não por culturas.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 277

    Ano: 2015

  • Nesses ambientes, após a cultura do arroz irrigado, é necessário drenagem e incorporação da palhada ao solo visando a sua estruturação, aumento de matéria orgânica do solo (MOS) e redução de emissão de metano (CH4) ao ambiente. Para que isso ocorra, é necessária a cobertura permanente do solo, o que é realizada pelas pastagens de inverno e verão, durante os períodos de pousio da cultura do arroz. A emissão de metano é reduzida pela drenagem do solo, pois cria um ambiente de oxidação; por outro lado, aumenta a emissão de óxido nitroso (N2O), pela decomposição da MOS e mineralização de nitrogênio, que é reduzida pela implantação de forrageiras de inverno, permitindo boa cobertura de solo e melhor aproveitamento dos nutrientes disponíveis. Essas pastagens, quando compostas por leguminosas, além da fixação biológica do nitrogênio, aprimoram a qualidade de forragem aos animais, diversificam o sistema de cultivo e melhoram o ambiente para plantio direto de qualidade de culturas em sucessão. As pastagens, quando analisadas de forma sistêmica, são mais mitigadoras de carbono do que emissoras.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 279

    Ano: 2015

  • A definição da produção animal dependerá dos objetivos da propriedade, da escala de produção, do tamanho da área, do nível de investimento e planejamento. Em pequenas propriedades, o leite é a atividade mais utilizada e é mais recomendada pela rentabilidade e pelo manejo familiar. No entanto, há modelos em grande escala com alto nível de profissionalização e com alta eficiência produtiva. O uso das pastagens em sistema de ILP nessas regiões, de forma geral, é mais comum com a bovinocultura de corte e em sistemas mais especialistas, em que a recria e a terminação de animais são mais indicadas, considerando o período de uso das pastagens de inverno e de verão em modelos que as utilizem. Nesse contexto, o planejamento forrageiro é de extrema importância, pois os períodos de produção do pasto devem ser ajustados aos períodos de pastejo que permitam que os animais atinjam seus objetivos de ganhos. Se forem para abate, é o tempo de terminação; se forem para outros sistemas de terminação, o tempo de permanência nas pastagens deverá estar ajustado aos objetivos de ganhos dos animais e à época de semeadura das culturas.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 280

    Ano: 2015

  • O milho para silagem apresenta altas produtividades, bom valor nutritivo e facilidade de cultivo, sendo uma cultura tradicionalmente utilizada com esse viés. As gramíneas africanas são escolhidas por apresentarem adaptação às condições edafoclimáticas da região. O eucalipto, por ser uma planta que se adapta ao clima e aos solos, possui demanda de mercado, crescimento rápido, copa alta e pouca densidade; além disso, não apresenta efeitos negativos sobre pastagens, lavoura e animais. Além dessas características, é importante lembrar que há muito conhecimento técnico para o manejo do eucalipto, ao contrário das outras culturas.

    Capítulo: Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta como Alternativa de Manejo Sustentável para a Produção de Leite

    Número da Pergunta: 287

    Ano: 2015

  • A taxa de lotação está diretamente relacionada ao acúmulo de massa seca do pasto e o nível de oferta de forragem que o manejador (produtor ou técnico) define. O nível de oferta de forragem que a pesquisa tem delineado como o que permite melhor desempenho dos animais (leite, carne e lã) é em torno de três a quatro vezes o potencial de consumo animal, o qual ficará entre 10% e 12% em relação ao peso vivo, ou seja, deverá haver uma massa de forragem residual que oscila entre 50% e 70%. Então, os animais vão consumir de 30% a 40% da massa de forragem disponível no pasto. Esse ponto é o que se chama de capacidade de suporte das pastagens, isto é, a taxa de lotação ajustada para permitir o máximo desempenho individual dos animais com a produtividade animal por unidade próximo do máximo. Essa capacidade de suporte das pastagens aumentará de acordo com o nível de manejo do pastejo (oferta de forragem) e com o nível de manejo do solo (calagem e fertilizações), considerando que esses aspectos afetarão a taxa de acúmulo de forragem diária, ou seja, a taxa de crescimento do pasto. Pasto melhor fertilizado e melhor manejado produz mais. As taxas de lotação nas pastagens de inverno podem chegar a mais de 2 UA/ha, enquanto, durante o verão, poderão chegar a valores entre 3 UA/ha e 4 UA/ha, 1.500 kg/ha e 2.000 kg/ha.

    Capítulo: Desempenho das Forrageiras Subtropicais em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 275

    Ano: 2015

  • Não necessariamente. É possível obter silagem de boa quali­dade, desde que tenha atenção com o teor de matéria seca (MS) do material a ser ensilado (igual ou superior a 25%) e que seja feita uma compactação adequada. Em alguns casos, o uso de aditivos como o fubá de milho e a polpa cítrica peletizada pode ser realizado, com o objetivo de elevar os teores de MS e de carboidratos solúveis, melhorando o perfil de fermentação e, consequentemente, a qualidade da silagem. O uso de inoculantes bacterianos, embora de fácil aplicação, tem apresentado resultados inconsistentes na melhoria da qualidade da silagem, e seu uso promove aumento significativo no custo da silagem.

    Capítulo: Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta como Alternativa de Manejo Sustentável para a Produção de Leite

    Número da Pergunta: 289

    Ano: 2015