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Essas atividades são perfeitamente compatíveis e complementares, pois para condução correta de sistema de ILPF são necessárias práticas corretas para o manejo do solo e das culturas. Nesses sistemas, é possível proporcionar boa alimentação aos animais bem como boas condições de saúde e bem-estar animal, com benefícios para a pecuária de corte. Isso resulta em bons índices de produtividade dos componentes, e essas técnicas estão alinhadas às exigências do programa de boas práticas agropecuárias (BPA), que possui como objetivo produzir alimentos de qualidade e de forma segura para todos os participantes da cadeia produtiva e para o consumidor final, com a obtenção de produtos de melhor qualidade e com benefícios ambientais.
Capítulo: Experiências com Pecuária de Corte em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 323
Ano: 2015
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De modo geral, há redução na ocorrência de ecto e endoparasitas, pois, com cultivos e reestabelecimento da pastagem, o ciclo de vida dos parasitas é quebrado. Entretanto, são necessários estudos complementares para uma avaliação do real efeito desses sistemas sobre os ecto e endoparasitas.
Capítulo: Experiências com Pecuária de Corte em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 324
Ano: 2015
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Qualidade de carne é um conceito complexo, que envolve tanto fatores intrínsecos (raça, sexo, idade de abate, entre outros) quanto extrínsecos (sistema de produção, nutrição, transporte) aos animais. O estresse, em geral, pode aumentar a porcentagem de carcaças desclassificadas por contusões (há relatos de 20% de perda de carcaças). A carne também pode apresentar "defeitos", tornando-se mais dura, seca e escura. Animais que são produzidos em sistemas com adequado bem-estar sofrem menos situações estressantes e, consequentemente, estão menos propícios à diminuição da qualidade do produto final. Em sistemas de ILPF, julga-se que, atendidas todas as necessidades básicas dos animais (como forragem de boa qualidade, água em abundância e estado sanitário adequado), o maior conforto térmico proporciona maior bem-estar animal, em comparação aos sistemas a pastos convencionais.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 348
Ano: 2015
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Se o pastejo e manejo da pastagem forem adequados, a compactação será mínima ou inexistente. Para forrageiras dos gêneros Panicum e Urochloa, mais comumente utilizadas em sistema de ILP ou ILPF, o pastejo deve ser realizado sempre respeitando as alturas de entrada e saída dos animais, implicando em boa produtividade animal, boa cobertura e proteção do solo, além de boas condições de palhada para o plantio direto, com consequente aporte de matéria orgânica no solo. Em áreas com superpastejo, condição que deve ser evitada, haverá alguma compactação do solo. Para a região Sul, onde são utilizadas forrageiras de clima frio, como azevém, aveia e trevos, o controle do pastejo requer atenção especial, pois essas forrageiras são mais tenras e frágeis, e qualquer descontrole do pastejo pode implicar em danos ao solo.
Capítulo: Experiências com Pecuária de Corte em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 326
Ano: 2015
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Cada espécie animal tem uma "zona de conforto" ou de "termoneutralidade", que corresponde à faixa de temperatura ambiente na qual o calor dissipado pelo animal corresponde ao calor mínimo produzido metabolicamente. Nessas condições, o animal encontra-se livre de estresse por calor ou por frio. A zona de conforto varia de 1 °C a 16 °C para o gado bovino europeu e de 10 °C a 27 °C para o gado zebuíno. Em temperaturas acima de 16 °C, para gado bovino europeu, e de 27 °C, para zebuíno, há ativação de mecanismos termorreguladores (aumento do ritmo respiratório e evaporativo, por exemplo); acima de 26,5 °C para gado europeu e de 35 °C para gado zebuíno, os mecanismos de compensação começam a falhar, acarretando rápido aumento da temperatura retal e declínio na ingestão de alimentos, na produção de leite e no peso corporal, podendo levar à morte dos animais por hipertermia. Abaixo de 1 °C para o gado europeu e de 10 °C para o gado zebuíno, também há a ativação de mecanismos termorreguladores (aumento do metabolismo, diminuição do consumo de água e aumento da ingestão de alimentos, tremor muscular), na tentativa de se aumentar a temperatura corporal. Eventuais falhas desses mecanismos podem levar à morte pelo frio (hipotermia).
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 330
Ano: 2015
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Pastagens arborizadas em sistemas de ILPF proporcionam um microclima melhor, pois as árvores geram sombras que podem diminuir a radiação solar direta que atinge os animais em até 30%, a depender da espécie florestal. Também por conta da sombra, a temperatura do ar diminui. Nos trópicos, a temperatura sob a copa das árvores é cerca de 2 °C a 4 °C menor que sob céu aberto; há relatos de reduções de até 9 °C.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 335
Ano: 2015
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Desde a década de 1970, os cientistas tentam definir ou conceituar o bem-estar animal. Sumariamente, bem-estar animal (BEA) pode ser considerado o estado de harmonia entre o animal e seu ambiente, caracterizado por condições físicas e fisiológicas ótimas e alta qualidade de vida do animal. Também se refere à capacidade de o animal conseguir adaptar-se ao ambiente e ao grau de sucesso com que isso acontece. Os principais motivos que levam as pessoas a se preocuparem com o bem-estar de animais de fazenda são: primeiro, inquietações de origem ética; depois, saber qual efeito potencial que o bem-estar acarreta na produtividade e na qualidade dos alimentos; e, por último, as conexões entre bem-estar e barreiras comerciais não tarifárias aos produtos de origem animal.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 327
Ano: 2015
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Nas pastagens convencionais do Brasil Central, os bovinos estão sob estresse por calor, cujo grau varia de mediano a severo, durante boa parte do ano. Em novilhas, o excesso de calor retarda a puberdade por causa do menor crescimento e mudanças neuro-hormonais. As altas temperaturas provocam a diminuição da duração do estro e o aumento de ovulação silenciosa (sem manifestação).
Nas vacas, esse estresse causa anormalidades nos óvulos, e, após a concepção, a taxa de crescimento do embrião descresse proporcionalmente à duração do estresse. Altas temperaturas prejudicam a taxa de concepção e podem reduzir o peso ao nascer de bezerros.
Em sistemas de ILPF, as chances de sobrevivência dos bezerros são maiores, pois há melhoria da qualidade de vida das matrizes, os partos são mais confortáveis e há maior produção de leite.
Nos machos, por sua vez, as altas temperaturas provocam a diminuição da quantidade e qualidade do sêmen, com redução do volume do esperma, maior formação de espermatozoides anormais e diminuição da mobilidade espermática. Esses problemas são atribuídos, em parte, ao aquecimento dos testículos; e, quando o estresse térmico é muito prolongado, pode ocorrer degeneração testicular, irreversível. Além disso, o calor excessivo provoca mudanças no comportamento de monta natural, ocasionando menor procura por fêmeas.
Assim, as pastagens arborizadas, por proporcionarem um ambiente mais confortável para os animais, diminuem o estresse por calor e suas consequências.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 339
Ano: 2015
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O manejo da pastagem em sistema de ILP ou ILPF necessita de uma atenção especial, em razão do rápido crescimento da pastagem e do alto acúmulo de forragem, o que implica em dificuldades para realizar o controle do pastejo. Nessas condições, o mais recomendado é o pastejo rotacionado, pelo menos com algumas divisões de modo a facilitar o controle do pastoreio, pois o pastejo contínuo resulta em pastejo desuniforme. Para que se tenha um controle do pastejo em sistema de ILP ou ILPF, as áreas principais podem ser cercadas com cercas fixas, e as subdivisões serem feitas com cercas eletrificadas. Como ocorre alternância de pastagens e cultivos com operações de máquinas agrícolas, essas divisões devem ser estabelecidas levando-se em consideração o tamanho dos implementos e maquinários agrícolas. Para cercas eletrificadas, devem-se instalar sistemas de fácil remoção e/ou deslocamento.
Capítulo: Experiências com Pecuária de Corte em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 325
Ano: 2015
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A água é o nutriente mais importante para vacas em estresse calórico, e o aumento de seu consumo é a maior e mais imediata resposta ao desconforto térmico. Isso porque a água é utilizada primariamente como veículo de dissipação de calor. Sob condições a campo, a ingestão de água aumenta rapidamente em temperatura ambiente acima de 2 °C, e as necessidades podem alcançar valores de 1,2 a 2 vezes maiores do que os requerimentos na termoneutralidade. Assim, animais mantidos em pastagens com árvores, com maior conforto térmico, tendem a consumir menor quantidade diária de água.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 333
Ano: 2015
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Quando animais estão sob estresse por calor, o consumo de alimentos pode ser reduzido de 20% a 30%, dependendo da intensidade e da duração do estresse. Em ambientes onde há sombra, a ingestão de alimentos aumenta proporcionalmente à diminuição do estresse, em razão de mudanças no comportamento ingestivo, pois haverá maior tempo de pastejo e ruminação. Entretanto, poucas informações a esse respeito estão disponíveis na literatura nacional. Contudo sabe-se que as pastagens dos sistemas de ILPF possuem maior valor nutricional – teores de proteína bruta 15% a 40% superiores aos das pastagens em sol pleno – e também maior digestibilidade.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 338
Ano: 2015
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Diferentes materiais podem ser empregados para produzir sombra: quando a sombra é proporcionada por árvores, considera-se como "sombra natural"; quando proporcionada por construções civis (coberturas de telha de barro, de palha, de metal, de madeira, de telas de polietileno na cor preta, e de outros materiais), são consideradas "sombras artificiais".
A diferença entre essas "sombras" está relacionada ao ambiente que elas promovem. De fato, as características dos materiais (folha das árvores, palha, cerâmica, polietileno, plástico, etc.) e o formato das coberturas (copa de árvore, cobertura plana ou inclinada, cobertura de "duas águas", etc.) promovem efeitos diferentes sobre as variáveis microclimáticas que determinam o conforto térmico para o gado que se protege sob essas estruturas produtoras de sombra. Por exemplo, na "sombra natural" produzida por árvores, a umidade do ar poderá ser maior do que na "sombra artificial" proporcionada por uma tela de sombreamento de polietileno ou polipropileno (tipo sombrite). Os estudos que existem mostram que a sombra de árvores é mais adequada ao conforto animal do que as "sombras artificiais"; sem contar que as árvores podem gerar produtos e serviços ambientais a um custo bem mais baixo do que as construções civis em meio a uma pastagem.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 345
Ano: 2015
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O bem-estar animal pode variar entre muito ruim e muito bom. O estresse fisiológico é um dos principais indicadores usados na avaliação do bem-estar animal, pois à medida que o estresse aumenta, o bem-estar diminui. Uma das formas atualmente mais utilizadas para se estabelecer o grau de bem-estar animal de um sistema produtivo baseia-se no conceito das "cinco liberdades", que definem as condições necessárias para se promover esse estado. São elas:
1. Liberdade fisiológica (ausência de fome, sede e desnutrição) – dada pela oferta de alimentos e água em quantidade e qualidade adequadas às condições fisiológicas dos animais.
2. Liberdade ambiental (ausência de desconforto) – quando o ambiente de criação é corretamente planejado e oferece conforto térmico e físico.
3. Liberdade sanitária (ausência de dor, lesões e doenças) – atendida pelo correto manejo sanitário dos animais.
4. Liberdade comportamental (possibilidade de expressar os comportamentos característicos da espécie) – possível em ambientes com espaços e instalações adequados, e também relacionada ao correto manejo do rebanho e formação dos lotes, entre outros.
5. Liberdade psicológica (ausência de medo e estresse) – facilitada por condições do ambiente e pelo manejo correto, que evitem sofrimentos.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 328
Ano: 2015
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Em pastagens adequadamente arborizadas, a cobertura de copa das árvores deve estar entre 10% e 40%, para não comprometer a produção da pastagem, e dependerá muito da densidade e altura de inserção da copa. Ainda não há consenso na literatura em relação à quantidade de sombreamento da pastagem que é recomendada. É provável que, na região Norte do país, a cobertura de copa possa ser maior do que nos estados do Sul e Sudeste, mas fatores como, características morfológicas das espécies utilizadas e altura de desrama podem também influenciar a taxa de cobertura aceitável. Na prática, consegue-se fazer desrama até 6 m ou 7 m de altura, caso seja realizada por pessoa no piso do sistema. Com auxílio de grua ou escada, pode-se chegar a alturas maiores. Em ambos os casos, aumenta-se consideravelmente a entrada de luz no sistema, especialmente em se tratando de linha simples. Em suma, se considerarmos 30% de sombreamento, em 1 ha, a área diretamente embaixo das copas das árvores deverá ser entorno de 3.000 m2, quantidade suficiente para abrigar, sem disputa por sombra, os animais também. Para saber quanto há de área coberta pelas copas das árvores, é necessário medir o terreno que fica exatamente debaixo da copa da árvore.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 346
Ano: 2015
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É consenso que a sombra é necessária para o bem-estar animal, porque afeta positivamente o conforto térmico dos animais a campo. No entanto, existem poucas informações sobre a melhor metragem de área de sombra para bovinos – os valores citados variam de 1,8 m2 a 10,0 m2. Recomenda-se, geralmente, que haja sombra capaz de atender as necessidades de todos os animais ao mesmo tempo, a qualquer hora do dia. Assim, como um bovino deitado ocupa 1,8 m2, acredita-se que áreas de sombra próximas a 1,8 m2 são inadequadas para ambientes tropicais, porque os animais ficam muito próximos uns dos outros. Já sombras com 5,6 m2 e 9,6 m2, por exemplo, garantiriam espaço entorno dos animais de 0,5 m e 1 m, respectivamente. Acrescente-se que, em um ambiente com pouca área de sombra disponível, pode haver disputa por área sombreada, acarretando prejuízo aos animais mais velhos, fracos ou submissos.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 343
Ano: 2015
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O melhor tipo de árvore é aquele que apresente características que favoreçam o bem-estar animal a campo:
- Não ter efeitos tóxicos para o animal, caso o animal venha a comer ramos, folhas, casca e/ou frutos.
- Não produzir efeitos alelopáticos sobre as pastagens.
- Não apresentar raízes expostas na superfície do solo, pois o piso fica desconfortável para a acomodação do gado sob a copa da árvore.
- Produzir frutos pequenos (menores do que 5 cm de diâmetro), já que frutos maiores podem engasgar o animal.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 344
Ano: 2015
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O Brasil é um dos países onde caem mais raios. Os raios ocorrem porque as nuvens se carregam eletricamente, formando o equivalente a uma bateria, com um polo ligado na nuvem e outro polo ligado na terra. Se ligarmos um fio entre a nuvem e a terra, passará uma grande corrente elétrica pelo fio. O raio seria justamente este fio que liga a nuvem à terra. O raio provoca o curto-circuito da nuvem para a terra e, pelo caminho formado pelo raio, passa uma corrente elétrica de milhares de ampères. Os raios caem nos pontos mais altos da paisagem, como árvores altas e isoladas e torres de igreja, porque eles sempre procuram achar o menor caminho entre a nuvem e a terra. O que atrai o raio é a altura relativa do objeto ou animal em relação ao solo ("efeito antena") de modo que, em sistemas silvipastoris, a densidade de árvores que recobre o solo provoca o equivalente a uma elevação de todo o piso, onde nada se destaca. Nessas condições, não há caminho preferencial para a queda do raio e, portanto, o risco para animais e trabalhadores não é maior do em uma pastagem sem árvores. Por isso também, é muito importante planejar corretamente a distância entre renques de árvores e o número de árvores por hectare, pois grandes distâncias entre árvores podem gerar o "efeito antena" e favorecer a descarga elétrica.
Capítulo: Bem-estar Animal em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 347
Ano: 2015
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Estratégias relevantes para mitigação ou redução da emissão dos GEE consistem em redução da queima de combustíveis fósseis (petróleo, gasolina, diesel, carvão mineral), minimização de desmatamentos e queimadas, manejo nutricional adequado de animais, manejo adequado das pastagens, manejo adequado do solo e estratégias de maximização das remoções de CO2, popularmente chamadas de sequestro de carbono da atmosfera.
Na produção animal, existem estratégias nutricionais que utilizam aditivos específicos, suplementos e dietas balanceadas que podem reduzir a emissão de metano entérico. É importante destacar que as práticas de mitigação das emissões de GEE no setor agropecuário estão, na maioria das vezes, associadas a aumentos de produtividade e eficiência no uso de insumos, contribuindo para o desenvolvimento de sistemas de produção de grãos, cereais, carnes, fibras e agroenergia mais sustentáveis.
Capítulo: Potencial de Mitigação da Emissão de Gases de Efeito Estufa por Meio da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 360
Ano: 2015
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O Plano ABC é um dos planos setoriais estabelecidos pela Política Nacional sobre Mudanças do Clima (PNMC) cujo objetivo é consolidar uma economia de baixa emissão de carbono na agricultura brasileira. Muitas ações de divulgação, capacitação de técnicos e produtores rurais e transferência de tecnologia vêm sendo desenvolvidas em todo o território nacional, coordenadas regionalmente pelos Grupos Gestores Estaduais do Plano ABC já estabelecidos em todos os estados da Federação.
Já o Programa ABC é uma linha de crédito instituída no Plano Agrícola e Pecuário 2010–2011 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que disponibiliza anualmente recursos com juros mais baixos e prazos diferenciados para financiar projetos de investimento e custeio que promovam a utilização de práticas adequadas, tecnologias adaptadas e sistemas produtivos eficientes que contribuam para a mitigação da emissão dos gases de efeito estufa (GEE).
Capítulo: Potencial de Mitigação da Emissão de Gases de Efeito Estufa por Meio da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 370
Ano: 2015
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O objetivo geral desse plano é promover a mitigação da emissão dos GEE na agricultura no âmbito da Política Nacional sobre Mudanças do Clima (PNMC), além de melhorar a eficiência no uso de recursos naturais, aumentar a resiliência de sistemas produtivos e de comunidades rurais e possibilitar a adaptação do setor agropecuário às mudanças climáticas. O Plano ABC é composto por sete programas, seis deles referem-se às tecnologias de mitigação, e o último relaciona-se às ações de adaptação às mudanças climáticas:
- Programa 1: Recuperação de Pastagens Degradadas.
- Programa 2: Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs).
- Programa 3: Sistema de Plantio Direto (SPD).
- Programa 4: Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN).
- Programa 5: Florestas Plantadas.
- Programa 6: Tratamento de Dejetos Animais.
- Programa 7: Adaptação às Mudanças Climáticas.
Em cada um dos programas, propõe-se a adoção de uma série de ações, como, por exemplo, fortalecimento das organizações oficiais de assistência técnica e extensão rural, capacitação e informação, estratégias de transferência de tecnologia, tais como dias de campo, palestras, seminários, workshops, implantação de Unidades de Referência Tecnológica (URTs), além de campanhas de divulgação e chamadas públicas para contratação de serviços de assistência técnica e extensão rural (Ater). Além de ações típicas de transferência de tecnologias, serão realizadas ações direcionadas à pesquisa e desenvolvimento tecnológico, incentivo a mecanismos de certificação, redução de custos de escoamento e agregação de valor, disponibilização de insumos básicos e inoculantes para agricultores familiares e assentados da reforma agrária, fomento a viveiros florestais e redes de coletas de sementes de espécies nativas. Também serão executadas ações de adaptação às mudanças climáticas, com o objetivo de diminuir a vulnerabilidade e aumentar a resiliência dos sistemas produtivos, dos produtores e das comunidades rurais.
Capítulo: Potencial de Mitigação da Emissão de Gases de Efeito Estufa por Meio da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 371
Ano: 2015