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É o sistema de produção que integra os componentes agrícola e pecuário, em rotação, consórcio ou sucessão, na mesma área e no mesmo ano agrícola ou por múltiplos anos, em consórcio com o componente florestal.
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 6
Ano: 2015
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O consórcio é um sistema de cultivo no qual duas ou mais espécies vegetais são cultivadas na mesma área simultaneamente.
A sucessão de cultivos ocorre quando diferentes espécies vegetais são semeadas, uma após a colheita da outra, dentro do mesmo ano agrícola, tendo como exemplo para a região central do Brasil a sucessão soja - milho safrinha.
A rotação ocorre quando há alternância de espécies vegetais, ocupando o mesmo espaço físico e período do ano, dentro de princípios técnicos, visando principalmente sanar problemas fitossanitários.
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 7
Ano: 2015
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É possível que sejam adotados separadamente, ou seja, somente ILP, ou somente IPF, ILF ou ILPF.
Mas, na prática, os sistemas de integração com componente florestal (em razão do crescimento mais lento das árvores) normalmente são implantados:
- No primeiro momento, como um sistema de ILF ou silviagrícola.
- No segundo momento, podem se transformar em um sistema IPF ou silvipastoril.
- No final, reunindo essas fases, resultam em um sistema de ILPF ou agrossilvipastoril.
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 9
Ano: 2015
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É um sistema de produção sustentável que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais, realizadas na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação, e busca efeitos sinérgicos entre os componentes do agroecossistema, contemplando a adequação ambiental, a valorização do homem e a viabilidade econômica da atividade agropecuária.
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 1
Ano: 2015
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É o sistema de produção que integra os componentes pecuário (pastagem e animal) e florestal, em consórcio.
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 4
Ano: 2015
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Nas condições tropicais do Brasil, pode-se afirmar que os sistemas de integração caracterizam-se por ser uma nova forma de produção rural. Porém, apesar de esse contexto ser recente, os sistemas agrossilvipastoris (ou ILPF) são conhecidos desde a antiguidade, com vários tipos de plantios associados entre culturas anuais e culturas perenes ou entre frutíferas e árvores madeireiras, bem como a criação de animais entre árvores, remontando relatos de vários escritores romanos do século 1 d.C.
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 10
Ano: 2015
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Ambos os sistemas promovem a integração de atividades. Entretanto, o sistema agropastoril (ou ILP) não contempla o componente florestal, enquanto o sistema agrossilvipastoril (ou ILPF) e os outros sistemas de integração (IPF e ILF) caracterizam-se pela presença desse componente.
Os sistemas de integração com componente florestal são baseados no arranjo espacial de aleias (em inglês, alley cropping), em que as árvores são plantadas em faixas ou renques de linhas simples ou linhas múltiplas com espaçamentos amplos, e o cultivo de culturas anuais e/ou espécies forrageiras ocorre nos espaços entre as linhas de árvores (ou seja, nas aleias).
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 11
Ano: 2015
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As modalidades de integração com componente florestal se assemelham, conceitualmente, com a classificação de SAFs, em suas vertentes silviagrícola, silvipastoril e agrossilvipastoril.
Porém, o uso equivocado da terminologia SAF tem sido encontrado na literatura como resultado tanto de falhas relacionadas à tradução, especialmente da língua inglesa para a portuguesa, quanto da inobservância da etimologia dos elementos formadores dos termos e, ainda, de erros gramaticais.
Alguns autores analisam a possibilidade de padronizar a terminologia empregada em SAF no Brasil, sugerindo que o termo "agroflorestais" (originado do termo em inglês agroforestry) seja o ideal para abranger todos os sistemas de uso da terra agrossilvicultural, silvipastoril e agrossilvipastoril, pois envolve as relações entre cultivos agrícolas e/ou criação de animais e atividades florestais.
É comum encontrar a denominação de SAF para utilização de diversas espécies em conjunto em áreas sob sistema "ecológico" ou "orgânico" de produção. Os sistemas de integração, ou ILPF, enquanto estratégia de produção sustentável, apresentam classificação mais abrangente, incluindo, além desses sistemas, o sistema agropastoril, ou seja, ILP, podendo ainda ser utilizado em propriedades de qualquer tamanho ou tipo de produção (familiar ou empresarial).
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 13
Ano: 2015
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Existe, atualmente, na literatura uma grande variedade de termos que são empregados para denominar e conceituar a prática de combinar espécies florestais com culturas agrícolas e/ou com a pecuária. A agrossilvicultura pode ser considerada como a ciência que estuda os SAFs, que, por sua vez, apresentam-se como um conjunto de técnicas alternativas de utilização dos recursos naturais, nos quais espécies florestais são utilizadas em associação a cultivos agrícolas e/ou animais em uma mesma superfície.
De uma forma abrangente, a agrossilvicultura se assemelha, conceitualmente, com os sistemas de integração que contêm o componente florestal.
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 14
Ano: 2015
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Não, porque essa opção é mais complexa. É mais comum a combinação (por meio de consórcio, sucessão ou rotação de culturas) somente de duas atividades.
No entanto, é no sistema de ILPF que ocorre maior diversificação e maior intensidade de efeitos sinérgicos.
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 15
Ano: 2015
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A arborização de pastagens é uma forma de IPF, ou seja, de sistema silvipastoril. Essa arborização prevê a introdução direta de árvores (nativas ou exóticas) em áreas já utilizadas com pastagens, sem que se proceda à eliminação da pastagem ou utilização de lavouras para implantação do sistema.
Arborizar pastos em áreas já abertas pode otimizar a produção pecuária, pois aumenta a diversificação de renda da propriedade, promove o bem-estar animal, entre outras vantagens. A manutenção e condução de espécies em regeneração natural em pastagens já estabelecidas, por meio de roçagem seletiva, é também uma forma de arborização.
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 16
Ano: 2015
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Não. Ainda que uma atividade se beneficie da outra, para que sejam obtidos os efeitos sinérgicos e todos os benefícios do sistema, as atividades de agricultura e de pecuária devem ser estabelecidas em rotação, consórcio ou sucessão na mesma área.
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 18
Ano: 2015
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O sistema de ILP pode ser adotado de diversas formas, com diferentes composições de espécies agrícolas e forrageiras em diferentes arranjos.
Entretanto, as formas mais comuns têm as seguintes características: envolvem a consorciação de culturas agrícolas com forrageiras em safra ou safrinha; após a colheita da cultura agrícola, a pastagem tem curta permanência (de 4 meses até, no máximo, 4 anos); com a eliminação sequencial da pastagem, ocorre formação de palhada para o sistema de plantio direto da cultura agrícola subsequente e novo ciclo de rotação.
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 19
Ano: 2015
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Sim. Os sistemas de integração são mais complexos, pois, conceitualmente, envolvem mais de uma atividade e nem sempre os produtores têm domínio técnico, capacidade gerencial e operacional, e infraestrutura para todas elas.
Entretanto, apesar de exigirem alguns requisitos a mais do que os sistemas monoculturais, os sistemas de integração apresentam inúmeras vantagens e benefícios sociais, econômicos e ambientais àqueles que os adotam.
O potencial de adoção de sistemas de integração em diferentes ecossistemas brasileiros está condicionado a diversos fatores que incluem:
- Disponibilidade de solos favoráveis.
- Infraestrutura para produção e armazenamento da produção.
- Recursos financeiros próprios ou acesso ao crédito.
- Domínio da tecnologia para produção agrícola e pecuária.
- Acesso a mercado para compra de insumos e comercialização da produção.
- Acesso à assistência técnica.
- Possibilidade de arrendamento da terra ou de parceria.
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 24
Ano: 2015
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Não, porque os modelos monoculturais, com base em práticas inadequadas não sustentáveis, têm causado perda de produtividade, ocorrência de pragas e doenças, além de degradação do solo e dos recursos naturais, ou seja, apresentam sinais de fragilidade, em virtude da elevada demanda por energia e por recursos naturais.
Além disso, os sistemas com base na monocultura têm alto risco econômico, pois não são diversificados. Já os sistemas de integração promovem a diversificação de atividades, com maior estabilidade de renda, aumento da biodiversidade e interações biofísicas sinérgicas entre os componentes, com benefícios à produtividade agropecuária e à sustentabilidade das propriedades rurais.
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 25
Ano: 2015
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Atualmente, o sistema agropastoril ou ILP é a forma mais adotada nas regiões produtoras brasileiras, possivelmente como forma de intensificar a produção em regiões agrícolas e recuperar áreas com pastagens em alguma fase de degradação.
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 26
Ano: 2015
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Os sistemas de integração são sistemas mistos e mais complexos, pois contemplam diferentes atividades (lavoura, pecuária e floresta; não necessariamente as três, porém no mínimo duas delas). Por sua vez, os sistemas simples de produção agropecuária contêm apenas uma dessas atividades.
Quando comparados, os sistemas de integração são mais lucrativos por causa da diversificação das atividades econômicas, da redução de custos e dos aumentos de produtividade. Quando se trata de integração lavoura-pecuária (ILP), especialmente no sistema de rotação lavoura-pasto, há aumento de produtividade de grãos cultivados após a pastagem, que também produz mais após o solo ter sido utilizado para cultivo de grãos. E essa pastagem mais produtiva resultará em maior ganho de peso de bovinos ou produção leiteira. Em sistemas de integração que contêm o componente florestal, pode-se adicionar ainda a receita proveniente da comercialização de produtos madeireiros e não madeireiros obtidos no mesmo espaço, além de outros benefícios.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 27
Ano: 2015
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Sim. Os microrganismos do solo estão presentes tanto na matriz do solo como na rizosfera, onde realizam atividades metabólicas relevantes para o crescimento das plantas. O uso de plantas de coberturas nos sistemas produtivos influencia positivamente a qualidade do solo.
Assim, há um grande benefício para a atividade microbiológica por causa do aumento da diversidade de plantas no ambiente de produção. A rotação ou o consórcio com diferentes culturas promove no solo um ambiente diversificado para os microrganismos. Os constantes ciclos de desenvolvimento e morte de plantas no solo, com elevado acúmulo de biomassa residual (palhada e raízes mortas) e de matéria orgânica, favorecem o aumento da população e da diversidade de microrganismos, em razão da maior disponibilidade de alimentos e do microclima favorável, quando comparado aos sistemas simples.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 33
Ano: 2015
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Considerando que temos a máxima diversidade biológica em sistemas naturais, por causa da variedade de habitat e de alimentos, conclui-se que quanto maior a diversificação dos sistemas de produção, maior será a diversidade biológica nesses sistemas.
A grande vantagem dos sistemas de integração está em proporcionar microclima favorável aos organismos que vivem no solo e na sua superfície, pela redução dos extremos de temperatura e manutenção da umidade do solo ao longo do tempo.
Além disso, a disponibilidade de matéria orgânica, nutrientes e energia (resíduos vegetais ou animais) é maior quando comparada a sistemas simples. A cobertura constante da superfície do solo proporciona um ambiente protegido, favorável à sobrevivência dos organismos da fauna invertebrada que vivem na superfície do solo, muitos dos quais são predadores, o que irá contribuir para aumentar o equilíbrio das populações e o controle biológico de pragas.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 34
Ano: 2015
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Com a inserção do componente forrageiro, o agricultor consegue atender plenamente os fundamentos exigidos para o correto funcionamento do SPD, especialmente quanto à cobertura permanente do solo, que é obtida quando a pastagem é implantada, pastejada e, posteriormente, dessecada para a semeadura da cultura subsequente. Nesse caso, o solo totalmente coberto pela palhada estará protegido do impacto das gotas de chuva prevenindo a ocorrência de erosão.
No entanto, apenas a cobertura do solo não é suficiente para o total controle da erosão. É necessário o uso de práticas complementares tradicionais como a implantação e/ou manutenção de um sistema de terraceamento.
Deve-se destacar também o papel do componente florestal no sistema, que tem efeitos benéficos na captação da chuva e controle do escoamento superficial quando em plantios em linhas ou renques em nível.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 37
Ano: 2015
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Sim, os sistemas de ILP, bem como de ILPF, têm como vantagem o uso do SPD, que contribui para a conservação da estrutura. A presença das pastagens é benéfica ao solo, pois, de modo geral, elas têm a capacidade de manter, ou até mesmo aumentar, o teor de matéria orgânica do solo, em contraste com os cultivos anuais. A grande quantidade de resíduos de material orgânico e o abundante sistema radicular das gramíneas, que estão em constante renovação, são benéficos ao solo.
O emaranhado de raízes no solo forma uma rede que une partículas ou pequenos agregados para formação de estruturas maiores. Ao longo dos anos, as raízes mortas vão deixando galerias no solo, que servem para crescimento de novas raízes, condução de ar, água ou nutrientes. Por sua vez, o não revolvimento do solo conserva a organização de sua estrutura. Vale ressaltar, ainda, que o pastejo pelo gado, quando bem manejado, contribui para aumentar esses efeitos benéficos do sistema radicular, prevenindo a compactação do solo.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 39
Ano: 2015
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Sim. A diversidade de espécies vegetais em sistemas, seja por rotação, seja por sucessão de culturas, diminui a pressão de seleção sobre espécies de nematoides fitoparasitas.
Especificamente no sistema de ILP, a rotação entre lavouras e pastagens propiciará a quebra do ciclo reprodutivo de várias espécies de nematoides de importância agrícola, que, pela falta de culturas hospedeiras, permanecerão em densidades populacionais baixas o bastante para não causarem danos às plantas.
Além disso, a maior diversidade biológica em solos sob sistemas integrados e diversificados de produção, com maiores teores de matéria orgânica, contribui para o controle natural dos nematoides fitoparasitas.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 40
Ano: 2015
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Sim. Os sistemas de integração podem contribuir porque são:
- Tecnicamente eficientes: reduzem a emissão dos gases que provocam os GEEs e permitem o aumento de produtividade na mesma área.
- Economicamente viáveis: melhoram a utilização dos recursos e da terra, pois diversificam, suplementam e/ou ampliam receitas, com promoção da diminuição dos riscos.
- Socialmente justos: podem ser aplicados em qualquer tamanho de propriedade, geram empregos diretos e indiretos, aumentam e distribuem melhor a renda, aumentam a competitividade do agronegócio brasileiro e contribuem para a segurança alimentar e de abastecimento do País.
- Ambientalmente responsáveis: priorizam a utilização de práticas conservacionistas e de uso mais eficiente da terra.
Capítulo: Conceitos e Modalidades da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 23
Ano: 2015
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Para a sociedade, os principais benefícios podem ser percebidos não somente "dentro da fazenda", como também "do lado de fora da porteira", e vão do melhor uso da terra à diversificação da paisagem.
O fato de não haver pousio nesses sistemas é garantia de solo vegetado o ano todo. E isso significa:
- Produção de alimentos simultânea à conservação do solo e da água.
- Aumento da oferta de alimentos de qualidade superior e de baixo custo no mercado.
- Redução da sazonalidade de oferta de alimentos.
- Preços de mercado ao consumidor mais estáveis.
Uma vez que os sistemas integrados têm, no seu conjunto de premissas, a conformidade com a legislação pertinente ao meio rural, a sociedade também é beneficiada pela adequação do uso da terra, pela proteção de nascentes e pela produção de grãos, carne, leite e madeira, de modo que o ambiente seja preservado.
Além disso, a maior utilização de conhecimentos e tecnologias implica maior qualificação de toda a mão de obra envolvida nos sistemas produtivos, com reflexos na formação profissional e na economia regional.
Por fim, a produção diversificada requer estrutura adequada não apenas para a produção, mas também para o escoamento, a comercialização e a industrialização desses produtos, estimulando o desenvolvimento econômico regional.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 32
Ano: 2015
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Entende-se por efeito sinérgico o resultado decorrente da ação simultânea dos componentes do sistema de integração. Ou seja, existe interação de fatores sobre o ambiente, e o efeito resultante é maior que a soma dos efeitos de cada um dos componentes utilizados isoladamente – o todo supera a soma das partes.
Como exemplo desses efeitos, podemos citar:
- Maior qualidade de diferentes gramíneas forrageiras em sistemas com árvores.
- Maior tolerância das lavouras aos veranicos.
- Maior eficiência de adubos.
- Melhoria no desempenho de bovinos criados em pasto, entre outros.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 28
Ano: 2015
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Os benefícios econômicos são os mesmos do sistema de ILP, acrescidos dos ganhos com os produtos extraídos do componente florestal, advindos de várias possibilidades de cultivos florestais, como de eucalipto (Eucalyptus sp.) ou acácia-negra (Acacia mearnsii) – madeira grossa para serraria ou lenha, carvão, palanques para cerca, cacos para celulose, etc. –, plantio de erva-mate (Ilex paraguariensis), citros/pessegueiros (Prunus persica), entre outros.
A produção animal pode ser melhorada por causa da melhor ambiência dos animais nesses sistemas. Com a floresta, o produtor deve considerar que possui uma poupança de médio e de longo prazo, além de, em alguns casos, poder utilizar a madeira na própria propriedade com significativa redução de custos, por eliminar a dependência de insumos externos à propriedade rural.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 30
Ano: 2015
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Para o produtor, os benefícios são:
- Estabilidade econômica.
- Aumento da renda com a diversificação das atividades.
- Redução de custos em médio e em longo prazo.
- Redução da vulnerabilidade aos riscos climáticos.
- Melhoria na qualidade de vida do produtor e de sua família.
Além disso, ao adotar sistemas de ILP ou de ILPF, o produtor é beneficiado pelo uso mais eficiente dos seus recursos, como terra, máquinas agrícolas e mão de obra, entre outros. Beneficia-se também em aspectos ambientais, com a melhoria da qualidade do solo e da água, a possibilidade de redução de uso de agrotóxicos, a melhoria do ambiente produtivo para produção animal, entre outros.
Um aspecto importante a ser considerado é a melhoria da imagem dos produtores brasileiros, de uma maneira geral, pois conseguem conciliar o aumento da produção com a preservação ambiental.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 31
Ano: 2015
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Em geral, há uma redução na ocorrência de pragas por causa da maior presença de inimigos naturais, que são beneficiados pela diversificação do sistema de produção. Porém, dependendo do esquema de rotação utilizado, pode ocorrer aumento de alguma praga específica, que não necessariamente é a mesma praga problemática dos sistemas não integrados.
Portanto é necessário levar em consideração as pragas específicas de cada cultura no momento de planejar a rotação de culturas. Quanto maior a diversificação de culturas num sistema e o uso de produtos seletivos, maior será a chance de os inimigos naturais contribuírem para o controle de pragas. A diversificação de espécies também irá resultar na diversificação dos defensivos utilizados, o que é importante para obtenção de maior eficiência nos métodos de controle.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 41
Ano: 2015
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Sim, já que a grande maioria dos defensivos (agrotóxicos) em uso são degradados principalmente pela ação dos microrganismos presentes no solo. Como os sistemas integrados aumentam a atividade microbiológica do solo, há uma degradação mais rápida dos defensivos nesses sistemas, e isso diminui sua persistência no ambiente.
Estudos demonstram que ocorre diminuição de até 50% do tempo de permanência de alguns inseticidas no solo quando aplicados nos sistemas de integração, em especial no sistema de ILP em comparação ao sistema convencional.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 44
Ano: 2015
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A necessidade de recuperação de áreas de reserva em uma propriedade pode implicar custos elevados ao proprietário quando o solo já se encontra degradado, o que é comum em muitas propriedades com solos de baixa capacidade produtiva ou que passaram por severo processo de erosão. Nesses casos, a utilização de lavoura ou pastagem intercalada ao cultivo de árvores nos anos iniciais pode contribuir para minimizar os custos de recuperação e servir como instrumento para recomposição de áreas de reserva legal, matas ciliares e outras áreas de preservação permanente.
Outro aspecto a ser considerado é que a utilização de sistemas integrados pode contribuir para redução da pressão por abertura de novas áreas, pois aumenta o potencial produtivo das áreas já utilizadas pela agricultura. Além disso, o cultivo de árvores em consórcio com lavoura ou pastagem contribui para redução do desmatamento, já que aumenta o fornecimento de madeira para o comércio e, no caso do uso de espécies nativas, contribui para preservação dessas espécies.
Contudo, aspectos legais quanto à legislação ambiental que trata de áreas de reserva legal e áreas de preservação permanente deverão ser observados caso a caso, considerando as restrições quanto às legislações federal, estadual e, eventualmente, municipal.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 45
Ano: 2015
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Quando há compartilhamento do mesmo espaço por diferentes componentes, geralmente ocorrem efeitos sinérgicos, os quais resultam em benefícios mútuos entre os sistemas. Por exemplo: a pastagem forma a palhada para a lavoura subsequente; a lavoura favorece o crescimento da pastagem em sequência; a árvore reduz as perdas de água do solo por evaporação, e assim por diante.
É possível que o pecuarista obtenha maior ganho financeiro com o uso do sistema de ILP do que com a pecuária extensiva, que, na média, é pouco rentável. Mas, como o agricultor tem, na maioria dos casos, maior controle sobre os custos e ganhos, possivelmente detectará mais facilmente os benefícios. De qualquer modo, por mais que se tente determinar quem ganha mais, o fato é que o sistema de ILP é do tipo ganha-ganha: o pecuarista, por exemplo, produz uma arroba de carne com menor custo, podendo chegar a 50% de redução desse custo. O agricultor identifica diretamente o aumento da produtividade das lavouras em sistemas de ILP, quando comparado ao uso de sistemas simples, especialmente em anos com ocorrência de veranicos. Contudo, os ganhos do agricultor com redução de custos são mais indiretos, ou seja, é na redução da necessidade de insumos e consequentemente horas-máquina, por exemplo.
Por fim, os dois perfis – agricultor e pecuarista – ganham pela melhoria do solo e do ambiente, além de algumas externalidades relacionadas ao sistema ainda não adequadamente valoradas, o que não permite computar financeiramente todos os benefícios.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 47
Ano: 2015
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Inicialmente a vantagem que mais se destaca é o aumento da fertilidade do solo por causa das correções e adubações necessárias ao cultivo das lavouras. Nessas condições, verifica-se maior oferta de forragem ao longo do ano e manutenção da sua qualidade, visto que a pastagem é renovada a cada rotação com a lavoura.
Ao retornar com a pecuária em uma mesma gleba, também é possível introduzir uma nova espécie de forrageira, mais exigente em fertilidade e mais produtiva, o que pode resultar em maior produtividade de carne ou leite. É possível obter incrementos médios na produtividade animal na recria-engorda de cerca de quatro vezes (600 kg de peso vivo/ha/ano) em comparação à recria-engorda na pecuária tradicional (120 kg a 150 kg de peso vivo/ha/ano).
Na atividade de cria, há casos em que foram obtidos incrementos médios de produtividade de cerca de três vezes (300 kg de bezerro desmamado/ha/ano) em relação à cria na pecuária tradicional (85 kg a 110 kg de bezerro desmamado/ha/ano). A alternância entre lavouras e pastagens também é importante não somente para reduzir as ocorrências de problemas sanitários no rebanho, mas também para reduzir o consumo de sal mineral.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 48
Ano: 2015
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Por se tratar de um conceito novo de "sistemas de produção sustentáveis", a média de tempo entre o conhecimento da técnica/sistema até a sua efetiva adoção por parte do produtor é muito maior do que a de uma cultivar, por exemplo, ou de um novo insumo, justamente por exigir planejamento de médio e longo prazo.
Certamente são muitos os entraves para ampla adoção, entre os quais se destacam:
- Receio de envolvimento com a produção de algo novo. Por exemplo, seria bastante complexo, em vários aspectos (técnico, infraestrutura, comercialização, acesso ao crédito, entre outros), para um pecuarista iniciar a produção de soja, principalmente no que se refere ao gerenciamento do novo modelo de negócio.
- Superado o receio, ao decidir pela adoção dos sistemas de ILP ou IPF, ILF e ILPF, pode haver algumas dificuldades locais, como falta de mão de obra qualificada, disponibilidade de insumos antes não utilizados, mas principalmente a necessidade de adaptação de todos os envolvidos, desde proprietário e funcionários até o concessor de crédito. Como uma forma de solucionar essas dificuldades, pode-se indicar, pelo menos na fase de aprendizado, a associação entre os produtores, ou seja, o pecuarista e o agricultor, por meio de arrendamentos ou parcerias.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 51
Ano: 2015
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A introdução de árvores no sistema de ILP irá causar alterações no microclima da área produtiva e maior diversificação de culturas no ambiente. Nesse caso, os ganhos imediatos são associados ao potencial econômico da nova atividade introduzida na área.
Para evitar sombreamento excessivo, as condições ideais são as seguintes: espaçamentos maiores entre linhas e alinhamento das árvores, preferencialmente no sentido leste-oeste, quando o declive do terreno permitir.
Há também um significativo ganho relacionado ao conforto animal, especialmente na produção leiteira. As pastagens produzidas sob sombreamento não excessivo podem apresentar, em alguns casos, maior digestibilidade, com maior teor de proteínas e menor de fibras, quando comparadas às pastagens em pleno sol.
Além disso, as árvores contribuem para aumentar o bem-estar e o conforto térmico dos animais, inclusive para raças zebuínas (Nelore, Gir, Guzerá, etc.), bem adaptadas ao calor. As árvores diminuem os extremos de temperatura no ambiente. Por causa do sombreamento, as temperaturas elevadas são reduzidas assim como os efeitos do frio, pela barreira natural contra o vento. A barreira física proporcionada pelas árvores também contribui para reduzir os efeitos de geadas sobre a pastagem.
Capítulo: Benefícios da Adoção da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 50
Ano: 2015
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Para o agricultor que tem interesse na produção pecuária, dois sistemas podem atender perfeitamente esse objetivo: o sistema de sucessão de culturas com forrageiras anuais ou o sistema de rotação de culturas com pastagens perenes.
Caso ele tenha pouco interesse na pecuária e queira apenas intensificar o uso das glebas na entressafra, a sucessão com pastagens anuais é o mais indicado. Para esse sistema, existem muitos negócios na modalidade de parceria, em que as pastagens são alugadas ao pecuarista na entressafra. Nesse caso, o produtor não terá envolvimento com a pecuária e não terá de dispor de recursos para aquisição dos animais.
Quando o interesse pela pecuária aumenta, o sistema de rotação de culturas com pastagens perenes passa a ser interessante. O agropecuarista deverá estar bem assessorado para decidir sobre as estratégias de condução, tanto da parte agrícola quanto da pecuária, em especial na definição do modelo de rotação pastagem-lavoura, que mais se adequa ao seu negócio. Muitos agricultores não aderem à pecuária em virtude das adaptações que devem ser feitas nas áreas para os animais, como a instalação de cochos, bebedouros e cercas nas áreas que, além do custo, trazem problemas operacionais no cultivo agrícola nos anos seguintes. Além disso, a escolha dos animais, a mão de obra no manejo e a necessidade maior de recursos humanos para o trabalho trazem custos adicionais ao negócio. Porém, ao longo dos anos, a verticalização do negócio irá suprimir esses custos e aumentar as receitas de forma significativa.
Capítulo: Implantação de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
Número da Pergunta: 54
Ano: 2015
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- Para o agricultor: aumento da produtividade e do lucro da atividade, com maior estabilidade de renda por causa da produção diversificada, que reduz a vulnerabilidade aos efeitos do clima e do mercado. Essa nova realidade do produtor permite a ele decidir se aumenta o seu rebanho ou a produção agrícola em um novo patamar tecnológico. Isso é decisivo para a inserção desse produtor no agronegócio. Além disso, a propriedade é valorizada. Uma consideração a ser feita é a de que a pecuária é uma atividade de menor risco em comparação à agricultura. O pecuarista que adota o sistema de ILP aumenta o risco do seu negócio, ao passo que o agricultor tem seus riscos diminuídos.
- Para o pecuarista: embora o risco com agricultura seja grande, ele pode ser compensado com a possibilidade de recuperação da pastagem. A depender da escolha da cultura produtora de grãos no mercado da região onde se localiza a propriedade, a agricultura paga os custos de implantação da nova pastagem e ainda pode trazer lucro adicional se a venda dos grãos for feita no momento oportuno. Além disso, após uma cultura produtora de grãos, a pastagem tem maior produtividade, proporcionando maior ganho de peso por animal e menor custo com suplementação.
- Para a pastagem: como o potencial produtivo do solo é melhorado mediante as correções químicas e adubações realizadas para cultivos de lavouras, a produtividade e a longevidade da pastagem são aumentadas. Adequando o manejo da pastagem por meio do controle de lotação animal e da reposição de nutrientes após cada ciclo de pastejo, essa pastagem permanecerá por muito tempo sendo explorada sem a necessidade de uma nova recuperação da área.
- Para a lavoura: a correção do solo por meio da adição de nutrientes e diminuição do alumínio tóxico proporciona melhoria do ambiente produtivo. Além disso, a pastagem produz muita massa tanto de raízes quanto de parte aérea, aumentando a matéria orgânica, a quantidade de microrganismos benéficos e a porosidade do solo. Esse novo ambiente produtivo diminui a incidência de pragas e doenças com origem no solo. A presença de cobertura permanente no solo traz benefícios no controle da erosão, por causa da proteção mecânica que os resíduos vegetais proporcionam, além de controlar a temperatura do solo e o aumento da infiltração e reduzir a evaporação de água, diminuindo os riscos de perdas de produtividade em casos de regiões com problemas de veranicos.
Capítulo: Implantação de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
Número da Pergunta: 56
Ano: 2015
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Atualmente a indústria de máquinas e implementos evoluiu bastante, a fim de que o sistema de ILP possa ser implementado em diferentes modalidades de cultivo de grãos e pastagens. Já existem no mercado equipamentos de plantio de cereais e de capim nas linhas e entrelinhas, simultaneamente. Se esse equipamento for utilizado, basta fazer as regulagens para fertilizantes, sementes do cereal e do capim, além dos ajustes para profundidade de deposição de fertilizante e sementes, de execução relativamente simples. Porém, não há necessidade de adquirir um novo equipamento só porque o produtor irá semear a forrageira simultaneamente com a cultura produtora de grãos. Mesmo em máquinas sem a caixa de sementes miúdas, algumas regulagens podem ser realizadas de forma que as espécies sejam implantadas em consórcio sem a competição interespecífica.
Capítulo: Implantação de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
Número da Pergunta: 64
Ano: 2015
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O SPD é recomendado em áreas agrícolas com solo parcial ou adequadamente corrigido, que não necessitem de uso constante de equipamentos para preparo do solo para descompactar o solo, mesmo em situações em que a área foi pastejada por animais antes do plantio de uma nova lavoura.
Este sistema está sendo largamente empregado na sequência da recuperação ou na reforma de pastagens degradadas feitas, na maioria das vezes, com o preparo convencional com o uso de gradagens, subsolagens e arações. Embora práticas dessa natureza já sejam utilizadas há bastante tempo, a elas vêm sendo agregados avanços tecnológicos com o objetivo de aumentar sua eficiência, ou seja, possibilitar a formação de pastagem de boa qualidade sem queda significativa de produtividade da cultura associada.
Normalmente, ao ser implementado um modelo de ILP, os custos de uma área degradada são altos inicialmente, mas depois da adoção do SPD reduzem consideravelmente. Mesmo em casos em que a forrageira possa competir com a cultura produtora de grãos, a redução de custos proporcionados pelo SPD não compromete o negócio que, além dos grãos, ainda poderá ser compensado pelo tempo de exploração da pastagem, que terá maior produção e qualidade e compensará possíveis prejuízos que porventura possam ocorrer.
Capítulo: Implantação de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
Número da Pergunta: 67
Ano: 2015
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O sistema Barreirão tem o objetivo de recuperar ou renovar pastagem degradada em solo degradado. Para que seja implantado, ele deve ser precedido de uma série de cuidados referentes ao diagnóstico da área, escolha da lavoura e da forrageira, entre outros. Primeiramente é preciso fazer as análises de solo e, com base nela, fazer a correção química e o preparo do solo.
Capítulo: Implantação de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
Número da Pergunta: 68
Ano: 2015
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Quando se deseja mudar o tipo de capim, faz-se uma gradagem pesada no período seco para expor o sistema radicular do capim presente na área, de maneira que as plantas morram. Nessa ocasião, são incorporados os corretivos. A principal característica do sistema Barreirão é a aração profunda com arado de aivecas no início do período chuvoso. As razões para o uso desse implemento são as seguintes: fazer o condicionamento físico e químico do solo, rompendo camadas compactadas ou adensadas; inverter a camada de solo revolvida a fim de que haja incorporação profunda de corretivos; e incorporar em profundidade o banco de sementes de plantas daninhas, capins, etc., para que elas não saiam ou para que tenham a emergência retardada competindo menos com a lavoura. Na sequência, são tomados os cuidados com a conservação do solo. Como o condicionamento químico não é imediato, ou seja, demanda tempo de reação dos corretivos e fertilizantes, é esperado melhor desempenho das lavouras nos cultivos subsequentes. Uma maneira de minimizar isso em clima mais seco é fazer as correções preconizadas acima mais no final do período chuvoso anterior, quando os riscos de erosão já são menores, e plantar o capim com que se quer trabalhar, ou o milheto ou o sorgo de pastejo. A forrageira vai estabelecer e poderá, até mesmo, ser usada na entressafra.
Capítulo: Implantação de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
Número da Pergunta: 69
Ano: 2015
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A implantação do sistema Santa Brígida segue, basicamente, as premissas dos sistemas de produção convencional de milho, acrescentando-se a espécie leguminosa.
Dessecação da área
Obedece às recomendações convencionais. Porém deve-se respeitar o fato de, no SPD, a dessecação ser feita por, pelo menos, duas a três semanas antes da semeadura do milho e/ou da leguminosa. Esse procedimento evita que exsudatos com moléculas do dessecante passem da planta-alvo para as raízes das culturas principais.
Semeadura e adubação
A braquiária pode ser semeada imediatamente antes da cultura do milho, em áreas que não apresentem infestação de plantas daninhas de folha estreita, ou em pós-emergência da cultura do milho. A quantidade de sementes de guandu-anão obedece às recomendações convencionais no que se refere à quantidade de quilos por hectare, contudo é desejável que se obtenha uma população final entre quatro e cinco plantas por metro linear ou entre oito e dez plantas por metro linear. No caso da produção de milho com espaçamento reduzido, a semente do guandu-anão pode ser misturada ao fertilizante, desde que sua incorporação não seja muito profunda, estabelecendo-se o consórcio na mesma fileira do milho. Esse mesmo procedimento pode ser usado para espaçamentos maiores de milho (0,8 m a 1,0 m), porém é recomendável a adição de uma fileira da leguminosa centralizada nas entrelinhas do milho.
Para fazer esse consórcio triplo de maneira mais prática, deve-se misturar superfosfato simples com as sementes de guandu-anão e braquiária e semeá-las nas entrelinhas do milho em profundidade de 2 cm a 3 cm. A adubação do milho deve ser feita de acordo com as recomendações convencionais, especialmente a aplicação do nitrogênio em cobertura.
Consórcio
O consórcio pode ser estabelecido via semeadura simultânea ou defasada, ou seja, as leguminosas podem ser semeadas em operação distinta, cerca de 10 a 15 dias após a emergência das plantas de milho.
A escolha entre o consórcio simultâneo ou defasado deve considerar:
- O espaçamento entre linhas de milho, pois, à medida que se diminui o espaçamento, o fechamento da cultura ocorre mais rapidamente. Nesse caso, a semeadura do guandu-anão pode ser realizada no mesmo dia que o milho, uma vez que a capacidade de competição pela leguminosa, que já é baixa, é ainda mais suprimida pelo sombreamento proporcionado pelo milho em espaçamento reduzido.
- A infestação da área por plantas daninhas de folhas largas. Nesse caso, recomenda-se que seja adotada alguma prática de controle precoce das plantas daninhas antes da implantação do consórcio, para garantir que a emergência das plantas de guandu-anão ocorra após a aplicação dos herbicidas. Em áreas muito infestadas por plantas daninhas, folhas estreitas e largas, não é recomendável fazer o consórcio simultâneo do milho com a leguminosa. Nesse caso, recomenda-se fazer um manejo precoce das plantas daninhas, com herbicida pós-emergente, e imediata semeadura das leguminosas em pós-emergência do milho. A colheita do milho não deve ser tardia, pois podem ocorrer dificuldades operacionais em razão do volume de massa verde, tanto de guandu quanto de braquiária, que tendem a crescer vigorosamente após a senescência do milho, por causa da entrada de radiação solar nas entrelinhas da cultura. Essa medida deve evitar embuchamentos na colhedora pela forrageira.
Capítulo: Implantação de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
Número da Pergunta: 75
Ano: 2015
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Não. Nas propriedades rurais, deve ser atendida a exigência legal de áreas destinadas às atividades agropecuárias segundo o Novo Código Florestal (BRASIL, 2012). A produção agropecuária deve ser realizada em Áreas de Uso Alternativo do Solo, ou seja, áreas onde ocorre a substituição de vegetação nativa e formações sucessoras por outras coberturas do solo, como atividades agropecuárias, industriais, de geração e transmissão de energia, de mineração e de transporte, assentamentos urbanos ou outras formas de ocupação humana. Entretanto, nessa legislação também ficou definido que pequenas propriedades rurais podem utilizar plantios de sistemas agroflorestais ou agrossilvipastoris em suas Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal, desde que esses sistemas sejam submetidos a planos de manejo sustentáveis aprovados pelo órgão estadual do meio ambiente responsável. Para isso, é recomendável que seja elaborado um projeto técnico e que seja implantado em áreas menores inicialmente. Somente depois de conhecer melhor os processos e as práticas necessárias para implantação e manejo do sistema com árvores, o produtor deverá ampliar a área.
BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nºs 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória nº 2.166- 67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 28 maio 2012. Seção 1, p. 1.
Capítulo: Implantação e Manejo do Componente Florestal em Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 80
Ano: 2015
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O Brasil possui elevada pluviosidade e alta incidência luminosa durante todo o ano na maioria das regiões. Assim, a distribuição das árvores deverá ser em renques perpendiculares ao sentido pendente ou ao declive do terreno, que é uma forma eficiente de impedir a erosão do solo e a perda de água por escorrimento superficial. Além disso, as árvores dispostas em renques perpendiculares ao sentido da declividade do terreno atuam como estruturas que orientam o trânsito de máquinas e implementos, o sentido do plantio de lavouras e forrageiras, o caminhamento do rebanho, minimizando a formação de sulcos de escoamento superficial das águas de chuva no sentido da declividade do terreno, de modo que haja maior infiltração da água das chuvas.
O espaçamento entre os renques de árvores (linhas simples ou linhas múltiplas) são maiores do que o utilizado nos monocultivos de árvores. A distância entre as árvores, o número de linhas de árvores que forma o renque, bem como a distância entre os renques, podem ser ajustados previamente de acordo com o interesse estabelecido por produtos das árvores.
Para mais detalhes, é recomendada a consulta ao documento de Porfírio-da-Silva et al. (2009).
PORFÍRIO-DA-SILVA, V.; MEDRADO, M. J. S.; NICODEMO, M. L. F.; DERETI, R. M. Arborização de pastagens com espécies florestais madeireiras: implantação e manejo. Colombo: Embrapa Florestas, 2009. 48 p. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/132912/1/2014-reimp-Cartilha-Arborizacao-2014.pdf>.
Capítulo: Implantação e Manejo do Componente Florestal em Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 82
Ano: 2015
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- Apresentar boa adaptação à região de cultivo, principalmente no que diz respeito à tolerância à seca (para a região Centro-Oeste) e à geada (para a região Sul). Em algumas localidades, tolerância ao encharcamento do solo.
- Gerar produtos com valor de mercado.
- Apresentar rápido crescimento (pelo menos 2 m de altura por ano).
- Não ser tóxica para os animais nem produzir efeitos de alelopatia com as lavouras.
- Deve formar copa alta para proporcionar bons rendimentos de produtos madeireiros e não madeireiros.
Capítulo: Implantação e Manejo do Componente Florestal em Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Número da Pergunta: 83
Ano: 2015
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As seguintes formas de distribuir as sementes do capim podem ser consideradas como possibilidades de semeadura:
- Plantio da lavoura com a semente da forrageira misturada ao fertilizante e semeada na mesma linha da cultura principal: a mistura deve ocorrer nas horas que antecedem a operação de semeadura para evitar que o contato com o adubo danifique as sementes do capim. O inconveniente é que as faixas entre as linhas de semeadura irão ficar sem o capim, proporcionando um pasto mal formado e com touceiras grandes, o que cria dificuldades operacionais e afeta a qualidade de plantios futuros. A depender do espaçamento entre linhas da cultura produtora de grã
É desejável adotar o sistema de plantio direto (SPD) desde o início da implantação de sistemas de ILP. Entretanto, nem sempre isso é possível por causa das condições de solo e de degradação em que a área a ser reformada se encontra. Os solos degradados necessitam correções químicas e físicas em profundidade para eliminar impedimentos na subsuperfície. Compactação, deficiência de nutrientes e alumínio são as principais limitações nesses casos. Especialmente na região do Cerrado, com clima mais seco e solo pobre em fertilidade, e nos locais onde ocorrem veranicos, é desejável a incorporação profunda de corretivos e fertilizantes, como estratégia para promover maior crescimento das raízes das lavouras e capins, que assim podem tolerar maior período de escassez de chuvas. Nessa situação, o preparo convencional com aração e gradagens é o método mais indicado. Dessa forma, a forrageira também terá maior chance de crescer e de manter-se produtiva por um período maior quando iniciar o período seco do ano. Por sua vez, caso não existam esses impedimentos no solo ou a deficiência de nutrientes não for muito acentuada e o clima for mais chuvoso, é possível iniciar o sistema de ILP com o SPD e a aplicação de gesso, calcário ou algum nutriente em superfície.
os, essa forragem necessitará de um período maior de tempo para se estabelecer após a colheita de grãos. - Distribuição das sementes do capim antes do plantio da lavoura: as sementes do capim podem ser distribuídas por qualquer método a lanço, com mecanismos de semeadura pendulares, distribuidores de calcário, etc., ou em sulcos (incorporado), utilizando-se o mesmo equipamento de plantio do cereal com as sementes misturadas ao adubo. Depois disso, a semeadura da lavoura deve ocorrer imediatamente. Se o plantio de sementes a lanço anteceder o semeio da cultura principal, as sementes das forrageiras não serão incorporadas ao solo, ou seja, não será feita uma operação específica para isso. Essa incorporação poderá ocorrer no momento da passagem da semeadora na área para plantar a cultura principal. Nesse caso, a quantidade de sementes da forrageira deverá ser duplicada, visando garantir bom estande de plantas de capim. Atrasos no plantio da lavoura podem aumentar a competição por parte da forrageira sobre a cultura de grãos. Nesse caso, herbicidas deverão ser utilizados para diminuir essa competição.
- Plantio da lavoura e, na sequência, distribuição das sementes do capim: em relação ao método anterior, as operações de semeadura são invertidas, ou seja, primeiro vem a lavoura e depois o capim. A semeadura do capim em sulcos nas entrelinhas da lavoura exige perícia do operador para não afetar as linhas com as sementes da lavoura. Atraso na semeadura do capim também pode resultar em pastos mal formados em plantios de verão, por causa do abafamento que a forrageira pode sofrer causado pela cultura principal. Além disso, o tempo para utilização dessa pastagem após a colheita de grãos é maior quando comparado ao consórcio efetuado junto com a cultura principal.
- Plantio defasado do capim na lavoura: normalmente, lança-se mão do plantio defasado do capim para contornar alguma limitação edafoclimática regional (deficit hídrico, alterações de temperatura, etc.), ou para suplantar alguma característica dos materiais consorciados (porte mais baixo ou crescimento inicial lento da lavoura). Nesse caso, primeiramente deve-se semear a lavoura e aguardar um período de tempo (10 a 40 dias) para, só depois, semear o capim. A razão clara para isso é favorecer a lavoura em detrimento do capim. Em alguns casos, o capim é semeado junto ao adubo de cobertura da lavoura. O semeio das forrageiras também pode ser feito com equipamentos especiais caso implementos não possam mais adentrar na lavoura. Nesses casos, a sobressemeadura pode ser feita com aviões, equipamentos acoplados em motocicletas, ou manualmente, e a quantidade de sementes das forrageiras também deverá ser aumentada em pelo menos duas vezes em relação ao cultivo tradicional.
Capítulo: Implantação de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
Número da Pergunta: 65
Ano: 2015
- Plantio da lavoura com a semente da forrageira misturada ao fertilizante e semeada na mesma linha da cultura principal: a mistura deve ocorrer nas horas que antecedem a operação de semeadura para evitar que o contato com o adubo danifique as sementes do capim. O inconveniente é que as faixas entre as linhas de semeadura irão ficar sem o capim, proporcionando um pasto mal formado e com touceiras grandes, o que cria dificuldades operacionais e afeta a qualidade de plantios futuros. A depender do espaçamento entre linhas da cultura produtora de grã
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Nesse caso, as glebas de terra já têm sua fertilidade corrigida. Mesmo assim, pode haver necessidade de algum ajuste, especialmente quanto à gestão pecuária por parte de agricultores. De qualquer maneira, observa-se que esses absorvem com maior facilidade as necessidades gerenciais da pecuária quando comparados aos pecuaristas, que demonstram maior dificuldade em assimilar as exigências no manejo das lavouras. O planejamento tem de ser global.
Para integrar a pecuária nessas condições, é necessário que o investimento, que pode ser elevado, considere a necessidade de construção de estruturas físicas para os animais (cercas, cochos, bebedouros, curral, etc.). Muitas vezes o agropecuarista já desenvolve essas duas atividades em sua fazenda de maneira complementar, entretanto sem integração entre elas. Nesse caso, o sistema de ILP torna-se bem mais simples, pois parte da estrutura da pecuária e de correção do solo já está pronta. Há necessidade também de avaliar com que animais a propriedade irá trabalhar, além de definir o método de exploração da atividade pecuária (cria, recria, engorda ou produção de leite).
Observando-se esses aspectos, pode-se optar pela espécie forrageira que melhor se adeque às necessidades do agropecuarista, bem como definir o tempo de exploração de cada uma das atividades e as produtividades que poderão ser trabalhadas.
Capítulo: Implantação de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
Número da Pergunta: 59
Ano: 2015