



O modelo Caatinga Raleada é uma estratégia inovadora para o manejo sustentável da Caatinga, integrando produção agropecuária e conservação ambiental. Ao aumentar a biomassa, reduzir a variação na produção ao longo do ano e intensificar os processos produtivos, ele se apresenta como uma alternativa promissora para o desenvolvimento sustentável da região.
Na prática, no que consiste o modelo Caatinga Raleada?
O raleamento da Caatinga é uma técnica de manejo que visa aumentar a luminosidade no estrato herbáceo, estimulando a produção de biomassa. Ao introduzir espécies perenes nesse estrato, busca-se reduzir a variação na produção ao longo do ano e aumentar a quantidade total de biomassa disponível.
Mas e o que seria o estrato herbáceo?
O estrato herbáceo é a camada de plantas caracterizadas por serem herbáceas, ou seja, têm caules não lenhosos e ciclo de vida curto, sem estruturas permanentes acima do solo.
Essas plantas incluem gramíneas, ervas e arbustos herbáceos, formando a vegetação rasteira em ecossistemas como a Caatinga.
O raleamento da Caatinga, ao aumentar a luminosidade nesse estrato, estimula o crescimento e a produção de biomassa dessas plantas.
Benefícios da Caatinga Raleada
Aumento da luminosidade: O raleamento da Caatinga aumenta a entrada de luz no estrato herbáceo, favorecendo o crescimento das plantas e a produção de biomassa.
Menor variação na produção ao longo do ano: Ao enriquecer o estrato com espécies perenes, o raleamento da Caatinga contribui para diminuir as variações na produção ao longo do ano, proporcionando uma oferta mais consistente de alimento para os animais.
Maior produção de biomassa: O sistema silvipastoril utilizado no modelo Caatinga Raleada busca aumentar de maneira sustentável a quantidade de matéria vegetal produzida, sem prejudicar a diversidade de plantas e animais da região.
Relação entre os componentes: O modelo visa integrar e potencializar os aspectos produtivos do solo, das plantas e dos animais, promovendo uma interação equilibrada que beneficia o ecossistema como um todo.
Manutenção da biodiversidade: Mesmo com o raleamento, a presença do componente arbóreo é mantida, o que ajuda a conservar a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos proporcionados pela Caatinga.
Melhoria na qualidade da luz: As árvores alteram a quantidade e a qualidade da luz que chega embaixo delas, o que ajuda a melhorar como as plantas rasteiras crescem no solo.
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Caatinga Raleada
A intensidade do raleamento depende das condições topográficas do terreno e das características da vegetação.

Caatinga Raleada
Áreas de Caatinga raleada deverão ter um sombreamento por árvores e/ou arbustos de, no mínimo, 30%. Reduções abaixo deste valor poderão não resultar em aumentos relevantes da produtividade do estrato herbáceo.

Caatinga Raleada
Os aspectos topográficos da área, principalmente a declividade, influem na intensidade do raleamento, por causa do perigo de erosão devido a maior exposição do solo.

Caatinga Raleada
A opção pelo raleamento depende do potencial da resposta do estrato herbáceo e do objetivo da criação da fazenda. Como, com esta prática, se obtém aumento considerável da produção de fitomassa do estrato herbáceo com redução de espécies lenhosas, o raleamento se presta à exploração com bovinos e/ou ovinos.

Caatinga Raleada
É, pois, importante, antes de decidir pelo método, procurar obter conhecimento prévio do potencial forrageiro do estrato herbáceo, através de dados de pesquisa, avaliações de áreas agrícolas recém-abandonadas (capoeiras), ou estudos da vegetação herbácea ocorrente em clareiras naturais ou locais inacessíveis.
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